sexta-feira, 17 de setembro de 2010

As Cartas do Mestre


As Cartas de J. R. R. Tolkien é um livro em que se reúne uma compilação de trechos de cartas escritas por John Ronald Reuel Tolkien, organizado por Humphrey Carpenter e com a assistência de Christopher Tolkien, apenas algumas cartas foram usadas devido a grande quantidade de cartas escritas por J. R. R. Tolkien para diversos destinatárias durante sua vida, desta forma o livro mostra através das cartas de Tolkien o curso da vida do autor, tendo sido omitido pontos muito pessoais das cartas, os editores livro partiram, como relatam, do pressupondo que o leitor já tenham bom conhecimento sobre os detalhes da obra de Tolkien

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Roverandom



Tolkien escreveu Roverandom para seu filho Michael Tolkien, para diverti-lo após a perda de seu brinquedo favorito - um cão.Roverandom - a aventura de um cão, foi enviado para publicação em 1936 , mas não foi publicado senão sessenta e dois anos depois, em 1998.




Conta as aventuras de um cãozinho chamado Rover que foi transformado em um brinquedo de porcelana por ter irritado um mago. Para voltar a ser um cão normal, Rover tem de ir até a lua e sob o mar a fim encontrar outra vez o mago,que se chama Artaxerxes. O animal é comprado por um garoto de nome Dois, que o perde.Começa a aventura e Rover começa a se chamar de Roverandom e segue em busca do mago,para que seja transformado novamente em um cão de verdade e possa voltar para seu dono, Dois.






— Cego és, Morgoth Bauglir, e cego serás sempre,
capaz de ver apenas as trevas. Desconheces o que rege os
corações dos Homens e, mesmo que o conhecesses, não
saberias usá-lo. Mas tolo é aquele que aceita o que Morgoth
oferece. Receberás primeiro o preço e negarás depois a
promessa, e eu receberia apenas a morte se te dissesse o
que queres saber.

continuem lendo em The Children of Húrin

Princesinha Mi, a bela,
lá formosa era ela...
como se diz em contos de fadas,
tinha pérolas nos cabelos,
na sua fronte dourada.
De gaze com fios d’ouro
era o lenço que ela usava,
e um trancelim de prata
a garganta lhe apertava;
de teia de traça leve
e tingida de luar
era o casaco que usava.
De orvalho de diamantes
o cinto que a apertava.
Se passeava de dia,
manto cinzento vestia
e capuz azul escuro;
mas se de noite saía
toda brilhante luzia
sob um céu cheio de estrelas.
Com sandálias de cristal
com as quais se dirigia
pra sua pista de dança,
um charco de linfa fria
que nenhum vento bulia.
Mas onde os seus pés tocavam
era uma chuva de estrelas
que da pista se elevavam
e apetecia bebê-las.
Levantou os olhos
para o céu sem fundo
e logo os baixou para as sombras do mundo,
os olhos baixou e viu a seu lado
uma princesa Xi
tão bela quanto Mi:
dançavam lado a lado!
Era tão leve como Mi
e, como ela, a mais bela do mundo...
Mas estava (nem parece deste mundo...)
pendurada de cabeça
sobre um poço sem fundo!
Coisa bela entre as mais belas:
estar de cabeça para baixo.
Sobre um mar cheio de estrelas!
Só os pés
poderiam tocar-se;
pois como encontrar a terra
– fosse vale ou fosse serra –
para não estarem em pé,
mas penduradas do céu,
com o chão por solidéu?
Como? Ninguém o sabia,
nem poderia aprendê-lo,
dos elfos na sabedoria.
Por isso, sempre sozinha,
dançando como antes,
luzindo como brilhantes
com sandálias de cristal,
e pérolas nos cabelos
seguia Mi.
Com pérolas nos cabelos,
com sandálias de cristal,
luzindo como brilhantes,
seguia Xi.


"A estrada em frente vai seguindo
Deixando a porta onde começa.
Agora longe já vai indo,
devo seguir nada me impeça;
Em seu encalço vão meus pés,
Até a junção com a grande estrada,
De muitas sendas através.
Quem vem depois? Não sei mais nada."