sexta-feira, 24 de julho de 2009

As Profecias de Mandos

* O Despertar dos Elfos, anunciando o ínicio da Idade das Árvores, juntamente com a afirmação de que seria Varda a Valië mais amada por eles, e que eram as estrelas dela a que os elfos deveriam contemplar de início.

* O destino das Silmarils, anunciando que o destino da Terra, do Ar e da Água estariam ligados à sina das gemas de Fëanor.

* A morte de Finwë, rei dos Noldor. Quando Fëanor, filho de Finwë, disse que seria o primeiro dos Elfos a morrer, Mandos disse "Não o primeiro", e Finwë morreu logo depois.

* A Condenação de Mandos, de longe a mais conhecida, pronunciada contra os Noldor logo após o fratricídio de Alqualondë. Ela inclui a predição de que as Silmarils vão acabar não pertencendo à família de Fëanor além de outras coisas relacionadas especialmente a Fëanor e sua família.

* A Segunda Profecia de Mandos (a Primeira é a Condenação de Mandos), que profetiza a última batalha, Dagor Dagorath, com a qual o mundo vai terminar.

Tuor Eladar



Rían, mãe de Tuor, foge de Dor-lómin quando chegam rumores de Nirnaeth Arnoediad. Fica desnorteada e quase perece, mas a intervenção dos elfos-cinzentos a ajuda a sobreviver. Os elfos-cinzentos possuiam habitação em nas montanhas oeste do Lago Mithrim, e pra lá a levaram, onde ela deu a luz a Tuor.
Filho de Huor, sobrinho de Húrin, primo de Túrin Turambar, Tuor é o pai de Eärendil, foi criado por estes elfos, até partirem, fugindo da guerra. Na fuga, Tuor se perder do grupo, e vive sozinho e escondido em cavernas. Durante algum tempo permanece na área, pois não encontra o caminho secreto utilizado pelos elfos para furgir. Certo dia, ao entonar uma cançã na beira de um lago, esse começa a borbulhar e então aparece a passagem secreta. Na passagem encontra dois elfos, e estes lhe mostram o caminho, e Tuor passa dias na passagem.
Como sempre teve um desejo enorme pelo mar, teve um sonho. Então saiu em busca de Ulmo, que o guiava, passando pelas bordas de Nevrast, e assim chegando a Vinyamar. O propósito de Ulmo era fazê-lo seu mensageiro para ir a Turgon em Gondolin. Assim, ao chegar naquele palácio acha um elmo, uma túnica e uma espada, que anteriormente Ulmo havia pedido que fossem colocados atrás do trono. Diante do rei de Gondolin Ulmo fala através dele e os elfos sentem que é o próprio Vala falando. Lá desposou Idril. Após a Queda de Gondolin, Tuor fugiu com os exilados de diversas terras para a Foz do Sirion, mas sentindo cansaço daquilo tudo, fez Eärrámë e partiu para o oeste com Idril, não se tendo mais notícias sobre ele. Diz-se que tornou-se imortal como os elfos, passando a viver entre eles.

Helheim


Na mitologia nórdica, Hel, Hela ou Hell é filha de Loki e da gigante Angrboda, irmã mais nova de Fenrir e a serpente de Midgard. A serpente de Midgard foi banida por Odin para o mar que cerca a Terra, mas a fera cresceu tanto que podia se colocar à volta do mundo e tocar na própria cauda. Lobo Fenris foi preso com uma corrente feita pelos espíritos da montanha, chamada Gleipnir.

Hel foi banida por Odin para o mundo inferior que recebeu seu nome, Helheim, que fica nas profundezas de Niflheim. Helheim fica às margens do rio Nastronol, que equivale ao rio Aqueronte da mitologia grega. Lá, recebeu o poder de dominar nove mundos ou regiões, onde distribui aqueles que lhe são enviados, isto é, aqueles que morrem por velhice ou doença. Seu palácio chama-se Elvidner, sua mesa era a Fome, sua faca, a Inanição, o Atraso, seu criado, a Vagareza, sua criada, o Precipício, sua porta, a Preucupação sua cama, e os Sofrimentos formavam as paredes de seus aposentos. Hela podia ser facilmente reconhecida, uma metade de seu corpo era de uma linda mulher, e a outra parte de um corpo terrivel em decomposição.

A personalidade de Hel difere das dos deuses do mundo inferior das demais mitologias: Ela não é boa e nem má, simplesmente justa.

A lenda de Thor

Thor, que é venerado na quinta-feira (Thursday), e ritualisticamente utiliza a cor vermelho-fogo, bem como o mineral ágata-de-fogo, é o segundo maior expoente da família dos Aesir.

Tido como "Senhor dos Raios, Trovões, Trovoadas, Relâmpagos e Tempestades", tinha por função proteger homens e deuses da influencia negativa dos gigantes.

A Edda o apresenta como um enorme e belissimo guerreiro de longos cabelos e barba ruiva, detentor de apetite voraz, sede incontrolável, voz estrondosa e penetrantes olhos que chispavam como fagulhas.

Venerado como príncipe dos deuses, este grande adversário e exterminador de gigantes (por quem nutria um ódio incontrolável), era também conhecido como Senhor dos Bodes, titulo oriundo da crença de que as trovoadas seriam nada mais que um passeio do príncipe, em seu carro puxado por dois bodes, atravessando ruidosamente os céus. A mitologia nos informa que Thor matava os bodes, e após digerir sua carne conservava os ossos para que pudesse com esses obter novos espécimes.

Segundo a lenda, Thor é filho de Odin com a deusa Iord (uma das representações da primitiva Mãe-Terra), e, devido a tal, seu nome era muitas vezes associado à fecundidade e ás questões agrícolas.

Thor é o deus que quebra as barreiras, vence as dificuldades e amplia os horizontes. Para ele não existem obstáculos intransponíveis, pois é tido como o mais forte e corajoso dentre todos os seres. Em decorrência de tal fato este deus era muitas vezes invocado em cerimônias de casamento com a intenção de suprimir qualquer dificuldade que pudesse vir a interferir na harmonia familiar dos recém-casados, além de atribuir fecundidade às esposas.

O poderoso Thor habitava o maravilhoso palácio Bilkirnir, que possuia 540 salas e inúmeros corredores tortuosos. Lá, em companhia de sua bela esposa Sif, vivia também sua filha Thrudh e seu leal criado Thialfi, que reunia as qualidades de confidente, conselheiro e companheiro de viagens. Porém, o deus uniu-se ainda à giganta Jarnsaxa, que lhe deu dois filhos, a saber: Magni (força), e Modi (coragem), que seriam os herdeiros do martelo mágico.

Devemos também relatar que o martelo Mjolnir não é o único artefato mágico do poderoso guerreiro, embora seja o mais importante pelo fato de voltar sempre às suas mãos apesar de seu cabo curto, e ser a grande arma para defender deuses e homens das influencias maléficas dos gigantes. Além de sagrar casamentos e os demais atos judiciais, sua inscrição em lápides funerárias assegurava o não-retorno dos mortos.

Os outros dois presentes que Thor recebeu dos anões mágicos Sindri e Brokk foram um cinturão mágico de força (com o qual o deus via seu poder redobrado), e um par de luvas de ferro que o tornavam ainda mais eficiente.

Os manuais de mitologia relatam vãrias passagens, nas quais podemos ter uma visão bem clara do perfil psicológico deste deus tempestuoso e passional, que sempre se encontrava envolvido em embates contra os seus arquimimigos gigantes. Destas, trazemos á baila uma das mais divertidas passagens da mitologia nórdica:

"Sem seu martelo mágico, Thor deixaria de ser ele mesmo. Então, um dia, Thor e seus companheiros, depois de um longo banquete, caíram num sono profundo. Nesse instante, um visistante não desejado entrou no palácio e roubou o martelo mágico de Thor. (Talvez o próprio Loki, em mais uma de suas brincadeiras) Quando acordaram, Thor teve um acesso de fúria, porém, inútil. Loki foi investigar o caso (Talvez para disfarçar e desfazer sua brincadeira) e, a pretexto de se deslocar rapidamente, emprestou de Freya suas asas de cisne, embora não precisasse delas pois seus sapatos mágicos lhe permitiam ir a qualquer parte.

Ouviu ele dizer que o martelo provavelmente havia sido roubado por Thrym, o rei de um povo dos gigantes. Chegando lá, Thrym admitiu ter roubado o martelo de Thor e que só iria devolvê-lo caso Freya fosse viver ao lado dele. Loki voltou e contou isso, Freya ficou furiosa e se negou prontamente. O Deus Heimdall aconselhou o Deus do trovão a se disfarçar de mulher e ir no lugar de Freya, este só concordou porque Loki foi junto, como padrinho do casamento e representante de Asgard.

Depois de uma longa viagem, na sua carruagem sagrada, Thor e Loki chegaram no reino de Thrym. Este lhe ofereceu as boas vindas e comida. Thor esqueceu que estava vestido de mulher e comeu vorazmente um boi inteiro, oito salmões, todas as massas e doces que lhe foram oferecidos. Thrym ficou espantado:

- Nunca vi uma mulher com dentes tão afiados, nem apetite tão espantoso... - resmungou, meio desconfiado.

Loki disfarçou respondendo na maior cara de pau:

- Faz oito dias que, Freya, não come nada, de tanta vontade de conhecer o palácio de Thrym.

Thrym sentiu-se elogiado e se inclinou para beijar a noiva e resolveu abaixar um pouco o véu para vislumbrar a famosa beleza da deusa do amor. Porém, recuou em seu gesto, quando deparou-se com um par de olhos que mais pareciam fagulhas.

Loki, mais uma vez:

- Os olhos de Freya ardem de desejo, a ponto de emanar o brilho do fogo.

Convencido, Thrym mandou que um de seus servos trouxesse o martelo, para que então a cerimônia de casamento fosse concretizada.

Thor, ao ver a sua frente seu tão estimado objeto, desvencilhou-se rapidamente das vestes que omitiam sua condição e derrotou sozinho os servos e guardas do gigante Thrym, matando-o logo em seguida.

Retornou então Thor ao Asgard, munido novamente de seu poderoso martelo que garantia proteção não só às demais divindades, como também a todos os habitantes de Midgard."

A lenda de Tyr


Tyr teve seu culto superior ao do Deus Odin entre as tribos dos semnones, saxônios e godos. Diretamente relacionado ao antigo Istwaz dos primitivos istevones, ou mesmo ao Ingaz dos ingevones (tribo germânica ás margens do Báltico), foi posteriormente identificado com o deus Freyr dos cultos setentrionais. Ao que tudo indica, parece fazer parte da mitologia germânica mais primitiva, devido a uma semelhança muito forte com o deus Pitar dos arianos.

Assim, a esse deus, identificado pela Edda como filho do gigante do mar de inverno, eram prestados cultos de reverência que o colocavam na posição de uni dos mais importantes membros do clã dos Aesir.

Encontraríamos então uma possível explicação para o fato de esse Deus, tido como Deus da Guerra, ser também honrado com oferendas que incluíam o sacrificio humano. Ao que tudo indica, o deus Tyr foi primitivamente cultuado como Senhor da Vida e da Morte.

A mitologia nórdica dá ênfase especial a esse deus, em função de sua imagem estar vinculada a uma das mais importantes passagens heróicas de sua cultura arquetípica: a do homem corajoso e audaz que nunca recua frente às regras pre-estabelecidas do jogo. Pois, como podemos perceber na obra Germania de Caio Cornelius Tacitus, nada era mais importante para o guerreiro nórdico do que a palavra empenhada.

"Quanto aos jogos de azar, coisa formidável! Entregam-se a eles mesmo estando em jejum, é como se fosse coisa séria; são de tal modo apaixonados pela vitória ou derrota que quando nada mais têm jogam uma última e definitiva partida, em que o preço é sua própria pessoa. O vencedor entrega-se à servidão voluntariamente..."

Assim, percebemos que é devido a este fato que a imagem de Tyr é associada aos campos de batalha, pois este deus jurista (Senhor das Regras do Jogo e da Palavra Empenhada) promove aos que lhes prestam culto tenacidade e coragem. Por automática correlação, sua runa era muitas vezes gravada em punhos de espadas, com a finalidade de atrair poder de vitória nos embates.

Conta-nos a lenda que os deuses foram avisados por uma vidente que o gigantesco Lobo Fenris preparava mais uma investida contra os seres humanos e deuses do Asgard; e que estes deveriam preparar rapidamente uma armadilha para impedir que o Lobo atingisse seus objetivos.

Assim, após uma reunião do Conselho Divino, chegaram à conclusão de que deveriam prendê-lo de modo definitivo, mas não poderiam matá-lo, pois isso acarretaria em derramamento de sangue no solo sagrado de Asgard.

Após duas tentativas frustradas, em que a despeito do fato de terem usado correntes fortíssimas o ser apenas inflando seu corpo conseguia se libertar, resolveram encomendar aos anões ferreiros Brokk e Sindri, um artefato que pudesse definitivamente libertá-los da ameaçadora companhia do lobo.

Qual não foi a surpresa dos Deuses ao perceberem que os anões irmãos lhes apresentaram não uma grosseira e resistente cadeia de metal, mas sim uma bela e sedosa fita, que por trás de sua aparente fragilidade guardava seis segredos mágicos que a tornavam indestrutível! Eram eles: miado de gato, barba de mulher, raízes de pedra, tendões de urso, sopro de peixe e saliva de pássaro.

Lançaram então os deuses um desafio público ao lobo, que desconfiado de estarem lhe preparando mais uma cilada concordou em permitir que lhe amarrassem a fita ao pescoço se um dos Aesir colocasse a mão direita em sua enorme boca. Entreolharam-se os deuses, pois bem sabiam o que aconteceria com aquele que se prestasse a realizar tão árdua tarefa. Ao perceber que nenhum deles tomava a iniciativa, o lobo começou a sorrir vitoriosamente. Neste momento então, o deus Tyr avançou e comprometeu-se a cumprir a parte do trato. Colocou decididamente a mão direita na boca do lobo, permitindo que os deuses lhe atassem a fita ao pescoço, se viu definitivamente preso, apesar do grande esforço que fazia para se libertar.

Irritado ao perceber que havia caído em uma emboscada, Fenris fechou violentamente a mandíbula decepando a mão destra do deus, que tivera a chance de retirá-la, mas não o fez em função do acordo anteriormente fechado.

Assim, o deus Tyr tem lugar de destaque no panteão nórdico o de Deus jurista, que preside julgamentos e sagra leis, além de proteger as decisões tomadas nas assembléias populares.

Seu dia de veneração é a terça-feira (Tuesday), sua cor o vermelho-rubi e sua pedra a granada.

O Santo Graal



A quem serve o Graal ?"

A figura do GRAAL passou a ocupar lugar de destaque na imaginação humana, desde que começou a ser difundida na Europa durante a Idade Média.

Paralelamente ao desenvolvimento desse conceito, floresceram os ideais do amor cortês e o culto religioso à Virgem Maria, ambos buscando a mulher como recipiente terreno e perfeito para conceber o Filho de Deus.


A lenda original:

1 - Antes do século VII, a tradição e a Bíblia propiciaram o desenvolvimento de uma história intrigante sobre o cálice sagrado. Antecedendo à criação do homem, houve uma grande batalha no céu. O Arcanjo Miguel e seus anjos guerrearam contra Lúcifer. O adversário e seus anjos combateram ferozmente, diz a Bíblia; "todavia não venceram, nem acharam mais seu lugar no céu. E a antiga serpente, o Grande Dragão chamado demônio ou satanás foi expulso de lá sendo atirado para a terra com seus anjos". Diz a lenda que Lúcifer trazia um pedra colada na testa, uma esmeralda que funcionava como um terceiro olho. Quando Lúcifer foi atirado pelo Arcanjo Miguel à terra, a esmeralda partiu-se e sua visão ficou prejudicada. Um pedaço permaneceu em sua testa dando-lhe uma visão distorcida de sua situação como anjo caído; o outro fragmento foi guardado pelos anjos. Mais tarde, o Graal foi esculpido neste segundo pedaço.

UMA PROMESSA DE VIDA NOVA PARA A HUMANIDADE

2 - O símbolo do cálice sagrado, enquanto motivo de poder e fonte de milagres, é tão antigo quanto a História. O SANTO GRAAL teve múltiplos precursores e apareceu sob variadas formas antes de ter sido identificado com o cálice do ritual usado na missa católica. Muitas vezes o GRAAL foi descrito não como um cálice, mas como uma pedra. Neste sentido o símbolo é profundamente alquímico, ou seja – a conciliação dos opostos mediante a harmonia entre o céu e a terra. A etimologia da palavra Graal é controvertida. Costuma-se considerá-la como oriunda do latim "gradais" - cálice. Outros dizem que "Graal" vem de outra palavra latina - ‘graduale’ que significa ‘gradual" um livro de orações e cânticos místicos.

MISTÉRIOS I

3 - Louis Charpentier diz que as Tábuas da Lei eram documentos sagrados dos egípcios levados por Moisés, juntamente com algum outro objeto durante o êxodo. Isso explicaria a perseguição movida pelo Faraó aos hebreus para impedi-los de deixarem o Egito.

4 - A Mesa de Esmeralda, távola ou Tábua de Esmeralda, atribuída a Hermes Trismegistos, contém elementos da Iniciação pelo Graal - a divisa VITRIOL, iniciais de uma sentença latina que significa "Visita o interior da terra e, trabalhando, descobrirás uma pedra oculta."

5 - Os celtas se referiam ao Graal como um caldeirão. Esse conceito popular lembrava-lhes abundância e renascimento. Muitos personagens míticos dos celtas estavam envolvidos com esse símbolo: Nasciens, foi transportado por mãos invisíveis para uma ilha onde lhe apareceu um caldeirão mágico; Dagda fortalecia os guerreiros com o alimento do caldeirão. Outro caldeirão célebre foi o pertencente à deusa Caridween, que preparou uma poção para infundir sabedoria em seu filho.

6 - Os recipientes, como a taça, o caldeirão e os vasos, são símbolos da matriz da vida. É no vazio que acontece o ciclo permanente de nascimento, morte e renascimento. Os cálices são oferendas ao espírito desconhecido que preside determinado tempo e local - uma oração que se eleva a Deus, pedindo que seu Espírito desça à terra. Este é o significado sagrado da missa católica: dois movimentos de direção oposta – o cálice voltado para o céu e o espírito projetando-se sobre ele – formam o ciclo de dar e receber, o eixo entre o superior e o inferior.

7 - Um cálice, um caldeirão, uma taça e uma cratera são metáforas para: A) o passivo que espera ser preenchido; B) o suporte de um conteúdo que aguarda para ser bebido.

PSICOLOGIA

8 - É no inconsciente que se encontra o arquétipos mais importante, o "self" ou Si Mesmo, uma forma vazia, um Graal que é preenchido por diversos nomes: Espírito de Cristo, o Verbo, o Deus de Nossos Corações e de Nossa Compreensão, o caldeirão, a taça, e assim por diante.

9 - Carl Gustav Jung disse: "a realidade da psique é minha hipótese de trabalho". Com isso ele queria dizer que estamos acostumados com uma visão material do mundo como sendo a única realidade. Tudo o que é psíquico é visto como sombra sem substância. Todavia, longe de sermos apêndices do mundo físico, somos sua própria condição de existência. Falar de coisas como o Santo Graal não é mais fantástico do que falar de coisas existentes na matéria. A psique tem sua vida e uma história, exatamente como nosso corpo. Os mitos fazem parte dessa linguagem, têm substância própria e explicam fenômenos importantes.

MISTÉRIOS II

10 - Por outro lado, parece que durante sua presença na terra, o GRAAL necessitou de um abrigo e, dado ao seu caráter espiritual, essa habitação deveria ser um templo especialmente projetado para esse fim e oculto da visão dos profanos. Mesmo se encararmos o GRAAL como um tema pertencente aos planos inexplorados da alma, restam-nos alguns enigmas históricos relacionados com a figura de JESUS CRISTO, José de Arimatéia, o Rei Arthur e, mais tarde, com os estranhos acontecimentos que marcaram a vida e agonia dos cátaros na região do Languedoc, no sul da França. Esses episódios, como veremos, custaram a vida de milhares de pessoas e permanecem até hoje como indicadores da provável existência física de um Rei e Sacerdote do SANTO GRAAL. Seria esse o Rei, eterno e onipresente Sacerdote da Távola Redonda, uma versão medieval inglesa relacionada à mesa da Última Ceia, sob a proteção de Arthur ? Ou seria essa Mesa Redonda uma forma de os místicos simbolizarem os círculos do infinito celeste e a egrégora da Grande Fraternidade Branca?

DESENVOLVIMENTO

11 - O episódio da crucifixão permanece ainda hoje como uma das imagens centrais da psique ocidental. A agonia de Cristo na cruz é o foco visual da contemplação cristã.

12 - Os ensinamentos sufis consideram o amor terreno idealizado um meio para se atingir a perfeição espiritual. Isso explica a inclusão do amor romântico ou cortês nas lendas e literaturas sobre o Graal. (No "Metropolitan Museum of Art" existe um vitral representando o Rei Arthur montando um camelo. Esta representação desconcertante – um camelo na Grã-Bretanha - mostra a influência do sufismo islâmico na tradição ocidental).

13 - Na Idade Média muitos aspectos da história do Graal foram acrescentados pelos remanescentes da cultura céltica cristianizada. Daí surgiu o caráter heróico dos personagens das lendas de cavalaria. Essas histórias ficaram conhecidas como "A Demanda do Graal".

OS TEMPLÁRIOS

14 - Em 1118 aconteceu a nova investidura de Melktsedek. A escolha recaiu sobre dois iniciados: Huges de Payns e Geoffroi de Saint-Omer. O aspecto sacerdotal foi transmitido secretamente por Teocletes, sexagésimo-sétimo sucessor do Apóstolo São João. A investidura pública do aspecto Rei, foi conferida por Garimond, representante do mundo oficial. Hugues de Payns e Geoffroy de Saint-Omer, foram instruídos a organizarem um grupo de cavaleiros dispostos a cumprir a missão secreta. A eles juntaram-se sete outros cavaleiros: André de Montbard, Gondemare, Godefroy, Roral, Payen de Montdésir, Geoffroy Bisol, e Archambaud de Saint-Agnan. Essas nove pessoas constituíram a Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo que tomou forma no anos seguinte. Por incrível que pareça, os nove partiram sozinhos para proteger os peregrinos. E, por iminente que fosse o perigo, não tomaram parte em nenhum combate. Permaneceram sozinhos e não recrutaram ninguém. Tudo indica que eles não estavam ali para lutar. Foram instalados no claustro do velho Templo de Salomão e aí está por que se tornaram os Cavaleiros do Templo. Ocuparam o local e vasculharam vários locais subterrâneos à procura de alguma coisa. Em 1128 seis desses cavaleiros retornaram a Champagne, na França com uma grande escolta. Outros três permaneceram na Terra Santa com o mesmo pretexto de proteger peregrinos. Por que uma escolta ? O que eles haviam encontrado e traziam de volta para a França ? Por que os outros três permaneceram na Terra Santa? Nesse mesmo ano, no Concílio de Troyes, o monge Bernardo de Clairvaux apresentou ao papa os planos para a fundação da Ordem dos Templários. A partir daí e durante os dois séculos seguintes, houve várias expedições à Terra Santa. Um complicado sistema de regras regia as ações dos cavaleiros em honra de sua dama. Se ele era um templário, supostamente dedicado aos votos de castidade, sua dama era a figura da Virgem Maria, que eles chamavam de Notre Dame – Nossa Senhora.

CÁTAROS

15 - Os cátaros, acreditavam que este mundo é o verdadeiro inferno; que a encarnação do Espírito do Cristo foi o verdadeiro sacrifício simbolizado na cruz do calvário. A Igreja Romana via o catarismo como um movimento reformista. No início do século XIII uma armada de cavaleiros do norte desceu pelo Languedoc para exterminar a heresia cátara e requisitar para si os ricos espólios da região. Conta-se que durante o assalto das tropas às fortalezas albigenses de, apareceu no alto da muralha uma figura coberta por uma armadura branca. Os soldados recuaram, temendo ser um guardião do Santo Graal. Mas, prevendo a derrota, os cátaros, ocultaram o Santo Graal num dos numerosos subterrâneos onde estaria até hoje. Nesse contexto histórico poderiam ser explicados os mistérios do Messias e as verdades que a Igreja proibiu sobre a "dinastia do cálice", a matança dos cátaros, as cruzadas e a história do abade Berenger Saunière em Rennes-le-Château, no Languedoc.

MISTÉRIOS III

16 - O caminho do GRAAL está indissoluvelmente unido à idéia de um sacrifício e de uma viagem cheia de perigos para os que desejam alcançar a iluminação, o renascimento ou a "vida eterna" segundo os cristãos. O início e o final da Busca do SANTO GRAAL são, por isso mesmo, momentos cruciais, pois é uma busca que não termina. O GRAAL tem que ser constantemente buscado no coração, na mente e no espírito; sua revelação final representa aquele ideal de subida aos planos superiores de existência, objetivo máximo de todos os místicos. Ao entrar em comunhão consigo mesmo, o místico descobre não uma melancolia - a cor negra, "nigredo" para os alquimistas - mas um parceiro interno, uma relação que se assemelha à alegria de um amor secreto. Este estágio da vida iniciática é representado pela primavera oculta, onde as sementes brotam da terra nua, trazendo as promessas de futuras colheitas.

REFLEXÃO:

(Mas, "o maior dos artifícios tem sido disfarçar o artifício". Quando vestígios corretos são revelados para o mundo, correntes interessadas em ocultar a verdade, divulgam a contra-informação. O que existe atualmente é um emaranhado de pistas falsas. Estamos revivendo a aventura dos Cavaleiros da Távola Redonda: eles que saiam em busca do Graal para cair nas garras de dragões e sucumbir aos encantamentos, sortilégios e magias.)


Bruxaria


Bruxaria é a utilização , com intenção maligna, de poderes sobrenaturais por meio de ritos mágicos e com o fim de causar malefício a certas pessoas, assim como benefícios a seus praticantes. O fenômeno existe desde os tempos pré-históricos. Aparece já em Homero e na própria mitologia grega, através de figuras como Medéia e Circe.

Para os cristãos, as bruxas estão presentes desde o Velho Testamento. Em um momento crucial de sua vida, Saul consultou a feiticeira de Endor, embora pela lei de Moisés a bruxaria fosse punida com a morte. No cristianismo primitivo, conhecia-se a prática de ritos mágicos, mas os apóstolos consideravam-na fruto de ardis do demônio, pois entendiam que somente Deus dispunha de poderes sobrenaturais.

O conceito de bruxaria na Idade Média baseava-se em certas pressuposições. Inclusive a crença de que o diabo e seus subordinados (demônios, íncubos e súcubos) eram reais e exerciam seus poderes no mundo tendo relações físicas com as pessoas e estabelecendo pactos entre seres humanos e o mal. Na Antigüidade, a crença nas práticas de bruxaria através da intervenção de espíritos e demônios era universal

A febre da caça às feiticeiras assolou a Europa de 1050 até o final do século XVII, quando ressurgiram as crenças de que a bruxaria era produto do contato com as forças do demônio. Entretanto, a questão só assumiu aspectos dramáticos a partir do século XIV, quando a igreja implantou os tribunais da Inquisição para reprimir tanto a disseminação das seitas heréticas como a prática de magia e outros comportamentos considerados pecaminosos. Ao dar importância ao problema, a perseguição contribuiu para que ele adquirisse ainda maiores proporções.

Daí em diante, à medida que proliferaram os tribunais da Inquisição, os processos aumentaram rapidamente. A acusação sistemática só se verificou na época que é considerada a última fase da Idade Média, o fim do século XV, principalmente após a bula Summis desiderantes affectibus (1484), do papa Inocêncio VIII, e da obra Malleus maleficarum (1487; Martelo das feiticeiras), dos dominicanos Heinrich Kraemer e Johann Sprenger, em que se firmaram as normas do processo inquisitorial contra a feitiçaria.

A perseguição às bruxas foi metódica e violenta no norte da França, no sul e oeste da Alemanha e muito especialmente na Inglaterra e na Escócia, onde houve o maior número de vítimas. Os colonizadores ingleses levaram esse procedimento para a América do Norte, onde, em 1692, ocorreu o famoso processo contra as bruxas de Salem, em Massachusetts, narrado no livro Wonders of the invisible world (Milagres do mundo invisível - 1693) do clérigo puritano Cotton Mather (1663-1728)

Em geral, acusava-se de bruxaria mulheres velhas, mas com menor freqüência também jovens e, excepcionalmente, homens. As acusações registradas contra essas pessoas referiam-se a toda espécie de malefícios contra a vida, a saúde e a propriedade: aborto das mulheres, impotência dos homens, doenças humanas ou do gado, catástrofes e temporais. As bruxas eram também denunciadas por pactos com o diabo. Montadas em vassouras, voariam pelos ares e se reuniriam em lugares ermos para celebrar o sabá e entregar-se a orgias. O último processo na Inglaterra ocorreu em 1712, e a última fogueira de bruxas na Europa foi acesa em 1782, no cantão suíço de Glarus.

A bruxaria é comum a todas as partes do mundo. A diferença reside no fato de que, em algumas sociedades, os bruxos (também chamados de curandeiros ou feiticeiros) desempenham funções importantes na comunidade. Na Índia, algumas tribos e membros das castas mais baixas acorrem, com freqüência, a bruxos e feiticeiros. Até os hindus de altas castas recorrem a eles em épocas de seca ou fome. Existem cultos ao demônio nas ilhas Salomão e ilhas Hébridas, no Pacífico. Na Birmânia, Indonésia e outras partes da Ásia, os bruxos ocupam papéis importantes na vida cotidiana. A bruxaria se estende por toda a África. O vodu no Haiti e feiticeiros de outros países latino-americanos representam formas de bruxaria.

Com a chegada do novo milênio, cresce vada vez mais a procura por ocultismo e bruxaria.


O Pentagrama

Desde os primórdios da humanidade, o ser humano sempre se sentiu envolto por forças superiores e trocas energéticas que nem sempre soube identificar. Sujeito a perigos e riscos, teve a necessidade de captar forças benéficas para se proteger de seus inimigos e das vibrações maléficas. Foi em busca de imagens, objetos, e criou símbolos para poder entrar em sintonia com energias superiores e ir ao encontro de alguma forma de proteção.

Dentre estes inúmeros símbolos criados pelo homem, se destaca o pentagrama, que evoca uma simbologia múltipla, sempre fundamentada no número 5, que exprime a união dos desiguais. As cinco pontas do pentagrama põem em acordo, numa união fecunda, o 3, que significa o principio masculino, e o 2, que corresponde ao princípio feminino. Ele simboliza, então, o andrógino.

O pentagrama sempre esteve associado com o mistério e a magia. Ele é a forma mais simples de estrela, que deve ser traçada com uma única linha, sendo conseqüentemente chamado de "Laço Infinito".

A potência e associações do pentagrama evoluíram ao longo da história. Hoje é um símbolo onipresente entre os neo-pagãos, com muita profundidade mágica e grande significado simbólico.

Origens, Ritos e Crenças

Um de seus mais antigos usos se encontra na Mesopotâmia, onde a figura do pentagrama aparecia em inscrições reais e simbolizava o poder imperial que se estendia "aos quatro cantos do mundo". Entre os Hebreus, o símbolo foi designado como a Verdade, para os cinco livros do Pentateuco (os cinco livros do Velho Testamento, atribuídos a Moisés). Às vezes é incorretamente chamado de "Selo de Salomão", sendo, entretanto, usado em paralelo com o Hexagrama.

Na Grécia Antiga, era conhecido como Pentalpha, geometricamente composto de cinco As.

Pitágoras, filósofo e matemático grego, grande místico e moralista, iniciado nos grandes mistérios, percorreu o mundo nas suas viagens e, em decorrência, se encontram possíveis explicações para a presença do pentagrama, no Egito, na Caldéia e nas terras ao redor da Índia. A geometria do pentagrama e suas associações metafísicas foram exploradas pelos pitagóricos, que o consideravam um emblema de perfeição. A geometria do pentagrama ficou conhecida como " A Proporção Dourada", que ao longo da arte pós helênica, pôde ser observada nos projetos de alguns templos.

Para os agnósticos, era o pentagrama a "Estrela Ardente" e, como a Lua crescente, um símbolo relacionado à magia e aos mistérios do céu noturno. Para os druidas, era um símbolo divino e, no Egito, era o símbolo do útero da terra, guardando uma relação simbólica com o conceito da forma da pirâmide. Os celtas pagãos atribuíam o símbolo do pentagrama à deusa Morrigan.

Os primeiros cristãos relacionavam o pentagrama às cinco chagas de Cristo e, desde então, até os tempos medievais, era um símbolo cristão . Antes da Inquisição não havia nenhuma associação maligna ao pentagrama; pelo contrário, era a representação da verdade implícita, do misticismo religioso e do trabalho do Criador.

O imperador Constantino I, depois de ganhar a ajuda da Igreja Cristã na posse militar e religiosa do Império Romano em 312 d.C., usou o pentagrama junto com o símbolo de chi-rho (uma forma simbólica da cruz), como seu selo e amuleto. Tanto na celebração anual da Epifania, que comemora a visita dos três Reis Magos ao menino Jesus, assim como também a missão da Igreja de levar a verdade aos gentios, tiveram como símbolo o pentagrama, embora em tempos mais recentes este símbolo tenha sido mudado, como reação ao uso neo-pagão do pentagrama.

Em tempos medievais, o "Laço Infinito" era o símbolo da verdade e da proteção contra demônios. Era usado como um amuleto de proteção pessoal e guardião de portas e janelas.

Os Templários, uma ordem militar de monges formada durante as Cruzadas, ganharam grande riqueza e proeminência através das doações de todos aqueles que se juntavam à ordem, e amealhou também grandes tesouros trazidos da Terra Santa. Na localização do centro da "Ordem dos Templários", ao redor de Rennes du Chatres, na França, é notável observar um pentagrama natural, quase perfeito, formado pelas montanhas que medem vários quilômetros ao redor do centro. Há grande evidência da criação de outros alinhamentos geométricos exatos de Pentagramas como também de um Hexagrama, centrados nesse pentagrama natural, na localização de numerosas capelas e santuários nessa área.

Está claro, no que sobrou das construções dos Templários, que os arquitetos e pedreiros associados à poderosa ordem conheciam muito bem a geometria do pentagrama e a "Proporção Dourada", incorporando aquele misticismo aos seus projetos.

Entretanto, a "Ordem dos Templários" foi inteiramente dizimada, vítima da avareza da Igreja e de Luiz IX, religioso fanático da França, em 1.303. Se iniciaram os tempos negros da Inquisição, das torturas e falsos-testemunhos, de purgar e queimar, esparramando-se como a repetição em câmara-lenta da peste negra, por toda a Europa.

Durante o longo período da Inquisição, havia a promulgação de muitas mentiras e acusações em decorrência dos "interesses" da ortodoxia e eliminação de heresias. A Igreja mergulhou por um longo período no mesmo diabolismo ao qual buscou se opor. O pentagrama foi visto, então, como simbolizando a cabeça de um bode ou o diabo, na forma de Baphomet, e era Baphomet quem a Inquisição acusou os Templários de adorar. Também, por esse tempo, envenenar como meio de assassinato entrou em evidência. Ervas potentes e drogas trazidas do leste durante as Cruzadas, entraram na farmacopéia dos curandeiros, dos sábios e das bruxas. Curas, mortes e mistérios desviaram a atenção dos dominicanos da Inquisição, dos hereges cristãos, para as bruxas pagãs e para os sábios, que tinham o conhecimento e o poder do uso dessas drogas e venenos.

Durante a purgação das bruxas, outro deus cornudo, como Pan, chegou a ser comparado com o diabo (um conceito cristão) e o pentagrama - popular símbolo de segurança - pela primeira vez na história, foi associado ao mal e chamado "Pé da Bruxa". As velhas religiões e seus símbolos caíram na clandestinidade por medo da perseguição da Igreja e lá ficaram definhando gradualmente, durante séculos.

Do Renascimento Até Hoje

As sociedades secretas de artesãos e eruditos, que durante a inquisição viveram uma verdadeira paranóia, realizando seus estudos longe dos olhos da Igreja, já podiam agora com o fim do período de trevas da Inquisição, trazer à luz o Hermetismo, ciência doutrinaria ligada ao agnosticismo surgida no Egito, atribuída ao deus Thot, chamado pelos gregos de Hermes Trismegisto, e formada principalmente pela associação de elementos doutrinários orientais e neoplatônicos. Cristalizou-se, então, um ensinamento secreto em que se misturavam filosofia e alquimia, ciência oculta da arte de transmutar metais em ouro. O simbolismo gráfico e geométrico floresceu, se tornou importante e, finalmente, o período do Renascimento emergiu, dando início a uma era de luz e desenvolvimento. Um novo conceito de mundo pôde ser passado para a Europa renascida, onde o pentagrama (representação do número cinco), significava agora o microcosmo, símbolo do Homem Pitagórico que aparece como uma figura humana de braços e pernas abertas, parecendo estar disposto em cinco partes em forma de cruz; o Homem Individual. A mesma representação simbolizava o macrocosmo, o Homem Universal - dois eixos, um vertical e outro horizontal, passando por um mesmo centro. Um símbolo de ordem e de perfeição, da Verdade Divina. Portanto, "o que está em cima é como o que está embaixo", como durante muito tempo já vinha sendo ensinado nas filosofias orientais.

O pentagrama pitagórico - que se tornou, na Europa, o de Hermes, gnóstico - já não aparece apenas como um símbolo de conhecimento, mas também como um meio de conjurar e adquirir o poder. Figuras de Pentagramas eram utilizadas pelos magos para exercer seu poder: existiam Pentagramas de amor, de má sorte, etc.

No calendário de Tycho Brahe "Naturale Magicum Perpetuum" (1582), novamente aparece a figura do pentagrama com um corpo humano sobreposto, que foi associado aos elementos. Agripa (Henry Cornelius Von de Agripa Nettesheim), contemporâneo de Tycho Brahe, mostra proporcionalmente a mesma figura, colocando em sua volta os cinco planetas e a Lua no ponto central (genitália) da figura humana. Outras ilustrações do mesmo período foram feitas por Leonardo da Vinci, mostrando as relações geométricas do Homem com o Universo.

Mais tarde, o pentagrama veio simbolizar a relação da cabeça para os quatro membros e consequentemente da pura essência concentrada de qualquer coisa, ou o espírito para os quatro elementos tradicionais: terra, água, ar e fogo - o espírito representado pela quinta essência ( a "Quinta Essentia" dos alquimistas e agnósticos).

Na Maçonaria, o homem microcósmico era associado com o Pentalpha (a estrela de cinco pontas). O símbolo era usado entrelaçado e perpendicular ao trono do mestre da loja. As propriedades e estruturas geométricas do "Laço Infinito" foram simbolicamente incorporadas aos 72 graus do Compasso - o emblema maçônico da virtude e do dever.

Nenhuma ilustração conhecida associando o pentagrama com o mal aparece até o Século XIX. Eliphas Levi (Alphonse Louis Constant) ilustra o pentagrama vertical do homem microcósmico ao lado de um pentagrama invertido, com a cabeça do bode de Baphomet ( figura panteísta e mágica do absoluto). Em decorrência dessa ilustração e justaposição, a figura do pentagrama, foi levada ao conceito do bem e do mal.

Contra o racionalismo do Século XVIII, sobreveio uma reação no Século XIX, com o crescimento de um misticismo novo que muito deve à Santa Cabala, tradição antiga do Judaísmo, que relaciona a cosmogonia de Deus e universo à moral e verdades ocultas, e sua relação com o homem. Não é tanto uma religião mas, sim, um sistema filosófico de compreensão fundamentado num simbolismo numérico e alfabético, relacionando palavras e conceitos.

Eliphas Levi foi um expositor profundo da Cabala e instrumentou o caminho para a abertura de diversas lojas de tradição hermética no ocidente: a "Ordem Temporale Orientalis" (OTO), a "Ordem Hermética do Amanhecer Dourado" (Golden Dawn), a "Sociedade Teosófica", os "Rosacruzes", e muitas outras, inclusive as modernas Lojas e tradições da Maçonaria.

Levi, entre outras obras, utilizou o Tarot como um poderoso sistema de imagens simbólicas, que se relacionavam de perto com a Cabala. Foi Levi também quem criou o Tetragrammaton - ou seja, o pentagrama com inscrições cabalísticas, que exprime o domínio do espírito sobre os elementos, e é por este signo que se invocavam, em rituais mágicos, os silfos do ar, as salamandras do fogo, as ondinas da água e os gnomos da terra" ("Dogma e Ritual da Alta Magia" de Eliphas Levi).

A Golden Dawn, em seu período áureo (de 1888 até o começo da primeira guerra mundial), muito contribuiu para a disseminação das raízes da Cabala Hermética moderna ao redor do mundo e, através de escritos e trabalhos de vários de seus membros, principalmente Aleister Crowley, surgiram algumas das idéias mais importantes da filosofia e da mágica da moderna Cabala.

Em torno de 1940, Gerald Gardner adotou o pentagrama vertical, como um símbolo usado em rituais pagãos. Era também o pentagrama desenhado nos altares dos rituais, simbolizando os três aspectos da deusa mais os dois aspectos do deus, nascendo, então, a nova religião de Wicca.

Por volta de 1960, o pentagrama retomou força como poderoso talismã, juntamente com o crescente interesse popular em bruxaria e Wicca, e a publicação de muitos livros (incluindo vários romances) sobre o assunto, ocasionando uma decorrente reação da Igreja, preocupada com esta nova força emergente.

Um dos aspectos extremos dessa reação foi causado pelo estabelecimento do culto satânico - "A Igreja de Satanás" - por Anton La Vay. Como emblema de sua igreja, La Vay adotou o pentagrama invertido (inspirado na figura de Baphomet de Eliphas Levi). Isso agravou com grande intensidade a reação da Igreja Cristã, que transformou o símbolo sagrado do pentagrama, invertido ou não, em símbolo do diabo.

A configuração da estrela de cinco pontas, em posições distintas, trouxe vários conceitos simbólicos para o pentagrama, que foram sendo associados, na mente dos neo-pagãos, a conceitos de magia branca ou magia negra. Esse fato ocasionou a formação de um forte código de ética de Wicca - que trazia como preceito básico: "Não desejes ou faças ao próximo, o que não quiseres que volte para vós, com três vezes mais força daquela que desejaste."

Apesar dos escritos criados para diferenciar o uso do pentagrama pela religião Wicca, das utilizações feitas pelo satanismo, principalmente nos Estados Unidos, onde os cristãos fundamentalistas se tornaram particularmente agressivos a qualquer movimento que envolvesse bruxaria e o símbolo do pentagrama, alguns wiccanianos se colocaram contrários ao uso deste símbolo, como forma de se protegerem contra a discriminação estabelecida por grupos religiosos radicais.

Apesar de todas as complexidades ocasionadas através dos diversos usos do pentagrama, ele se tornou firmemente um símbolo indicador de proteção, ocultismo e perfeição. Suas mais variadas formas e associações em muito evoluíram ao longo da história e se mantêm com toda a sua onipresença, significado e simbolismo, até os dias de hoje.

Yggdrasil - A Árvore do Mundo

A sustentação do planeta Terra sempre foi um fator de imensa curiosidade aos olhos primitivos. Assim, cada cultura, e por conseguinte cada mitologia, procurou sempre abordar este tema da maneira que lhe parecesse mais convincente e lhe fosse mais conveniente. Para a mitologia nórdica não se fez uma exceção.
A visão comum a esses povos bárbaros era a de um universo ao longo da sombra de uma gigantesca árvore que mantinha suas descomunais raízes entranhadas na terra, com o propósito de manter coesa a massa terrestre. Conta-nos a lenda que essa árvore denominada Yggdrasil seria do tipo Teixo, também conhecida como Árvore do Mundo ou Árvore do Conhecimento. Sua origem estaria ligada ao mito da criação anteriormente citado, e teria surgido do corpo do gigante Ymir, assumindo proporções descomunais e propriedades fabulosas. Sua imensa copa chegaria aos céus, podendo desta maneira permanecer sempre banhada por uma luminosa nuvem que orvalhava hidromel (bebida dos deuses), e que tinha por função revitalizar automaticamente a imensa árvore, que alimentava com seus brotos, folhas e mesmo raízes animais que habitavam as circunvizinhanças.
Estas raízes seriam de proporções fantásticas e número ilimitado; sendo que três seriam dignas de destaque. A primeira por atingir simbolicamente o Asgard (morada dos deuses), após ser infinitamente banhada pela Fonte das Nornes, as deusas do destino. Acreditavam os nórdicos ser essa fonte detentora de potencial rejuvenescedor, sendo uma das explicações para a perenidade dos deuses. A segunda, por penetrar no Jotunheim, Terra do Gelo, onde passaram a viver os gigantes após serem expulsos do Asgard por Odim e sua família), e finalmente atingir a fonte de Mimir tida como fonte da sabedoria e inteligência.
Segundo a lenda, seu guardião era tio e conselheiro particular do Todo-Poderoso Odin, que também se chamava Mimir, palavra que significa "Aquele que. Pensa". E embora algumas obras o coloquem como deus da sabedoria, Mimir era um ser menos poderoso, que pertencia à raça dos gigantes, e detinha talentos mágicos de gênio - sendo famoso por sua inteligência e prudência. Ao que tudo indica, era tão grande sua sabedoria que Odin não hesitou em trocar um de seus olhos por um pouco da água da Fonte Mimir que lhe revelou o significado dos símbolos rúnicos. O mito nos relata ainda que sua cabeça era um oráculo poderosíssimo - consultado até mesmo pelo próprio Odin em momentos críticos. A terceira raiz que devemos destacar é aquela que se acreditava atingir o Niflheim (Terra dos Mortos); e era constantemente nutrida pela fonte Hvergelmir, de onde a água se escoava em fabulosas cachoeiras para formar os grandes rios do mundo. Por outro lado, servia constantemente de alimento á serpente-dragão Nidhogge (Escuridão): ser de proporções descomunais que tinha por função corroer constantemente a Árvore do Mundo.
Encontramos a referência de que os galhos mais altos serviam de moradia ao Galo de Ouro, que tinha a responsabilidade de guardar os horizontes e denunciar aos deuses a aproximação de seus eternos inimigos, os gigantes.
Logo abaixo mas ainda no topo, habitava uma águia que passava o tempo a investigar o mundo, e que para tal portava entre os olhos um gavião.
Essa águia vivia em eterna discórdia com a serpente-dragão Nidhogge. A rivalidade entre ambas era alimentada pelo esquilo Ratatosker, que, subindo e descendo incessantemente os galhos do teixo, nutria a desarmonia reinante entre ambas.
Nos galhos habitavam quatro cervos, que representavam os quatro ventos, e passavam o tempo a correr sobre os ramos da Yggdrasil, e devorar-lhes brotos, folhas e mesmo casca. Encontramos na Edda (duas coleções muito antigas de tradições que abrangem a mitologia escandinava) uma referência a um buraco oco no centro da árvore Yggdrasil, onde havia uma sala na qual habitavam tres virgens sábias, que passavam os dias a fiar em suas rocas o destino dos homens. Essas deidades eram as Nornes Urd, Verdandi e Skuld, responsáveis pelo passado, presente e futuro, respectivamente.
Ao pé da árvore habitava a cabra Heidum que se alimentava das verdejantes folhas baixas do teixo mágico, o que lhe permitia produzir um leite que assemelha-se ao hidromel, e que era destinado a servir de alimento aos guerreiros espirituais que formavam o Exercito de Odin.
Encontrava-se ainda fincado próximo a árvore o Irminsul, palavra que significa "Coluna Gigante", e diz respeito a troncos de árvores totêmicos erguidos em localidades elevadas, dedicados à veneração popular e altamente respeitados pelas tribos nórdicas.
Deve-se ressaltar que, ao perceberem-se tremores de terra, estes eram imediatamente vinculados, pelos antigos nórdicos, à imagem de que estando o gigante Ymir cansado de ficar estendido sobre o peso do enorme teixo, tentava libertar-se mais uma vez em vão.
Finalmente, devemos citar uma referência bibliográfica a uma antiga árvore muito alta, de folhagem sempre verdejante e espécie desconhecida, erguia que se próximo a um templo em Upsaíla (Suécia), junto à qual havia uma fonte onde populares costumavam devotar oferendas.
Sabemos também que era costume vigente entre as tribos nórdicas, até o século XIII, que seus chefes fizessem assembléias ao pé de uma árvore; o que pode estar diretamente relacionado a imagem mitológica de que os deuses se reuniam à sombra da Yggdrasil, para dispensar justiça aos humanos.

A Lenda de Odin


É o maior de todos os deuses do panteão nórdico, sendo ainda o deus-pai, criador do mundo dos homens, demônios e espíritos esclarecidos, genitor de todos os demais deuses e chefe da família dos Aesir. Seu dia de veneração é a quarta-feira (Wednesday), sua cor é o azul e sua pedra a água-marinha.
Odin era primeiramente conhecido como Wodanaz, do antigo gótico que significava "Mestre da Inspiração"; Vodans no antigo nórdico; Odinn no antigo dialeto das Ilhas Feroé (Costa da Noruega); Ouvin no antigo saxão; Wuodan no alto alemão; Wuotan na Westfalia e finalmente Guodan ou Gudan na Frisia Veda.
Seu nome parece ter origem no antigo nórdico Vada e Od, e no antigo alemão Watan e Wuot. E se inicialmente significavam razão, memória e sabedoria, com o advento do cristianismo passaram a ser associados às palavras tempestuoso e violento.
Existem várias designações para Odin, e as mais conhecidas são: Aldafur (Pai de Todos), Pai dos Exércitos, Pai dos Mortos em Batalha, Pai da Magia, Padroeiro dos Magos, andarilhos e ladrões, Senhor das Runas, Guardião das Runas, Velho Criador, Grim (Encapuzado), Senhor dos Mortos e das Encruzilhadas; e ainda, Senhor do Vento Norte.
Odin é famoso também pelo seu alto grau de conhecimento; e conta a lenda que procura revelá-lo a partir do duelo de palavras, onde aposta a vida e sai sempre ganhando. É comum aparecer às profetisas e visionários pedindo informações estranhas, dando sempre em pagamento ricos presentes. Não podemos deixar de ressaltar ainda que Odin era também conhecido como Senhor da Guerra e da Poesia, e que em sua homenagem havia inclusive uma tropa de sacerdotes-guerreiros intitulada Berserkgrand.
Seus componentes, os Berserkers (nome que significava "Camisa de Urso" ou "Pele de Lobo"), detinham treinamento xamanístico e utilizavam também cogumelos alucinógenos que visavam alterar o estado de consciência. Aqui devemos abrir um parêntese para esclarecer que a imagem que nos chega do guerreiro Viking em nada corresponde àquela que melhor representaria um soldado mediano. Este último portava rústicas túnicas de lã (o que inclusive permitia que enfrentasse o rigoroso inverno nórdico), adornadas pela sobreposição de uma cota de metal. Ao contrário, a imagem popularizada é na realidade a dos Berserkers: homens enormes, com barbas e cabelos longos que se apresentavam vestidos com peles de urso ou lobo, atadas aos corpos por enormes cinturões; e portando ainda grandes elmos adornados por chifres.
Odin era ainda o Rei dos Deuses, e devido a tal habitava o Valhalla - o mais esplendoroso de todos os palácios do Asgard. Sentado em seu famoso trono Hlidskjalf, de onde podia avistar o mundo inteiro, Odin se revestia de onisciência, onipresença e onipotência.
Para isso contava ainda com a ajuda de dois corvos: Hugin (espírito ou razao) e Munin (memória de entendimento), que estavam sempre posicionados em seus ombros, e que durante o dia percorriam o mundo, voltando depois para contar as novidades ao grande deus.
Havia ainda dois lobos: Geri e Freki, que se alimentavam de toda carne (inclusive humana) que era ofertada a Odin, e que montavam guarda aos seus pés.
Não podemos deixar de citar também a fabulosa contribuição de seu lendário cavaio Sleipnir, que, munido de oito patas, permitia ao deus locomover-se rapidamente pelos céus, indo de uma esfera a outra da existência humana ou divina. Dos mágicos anões ferreiros, Odin recebeu sua lança Gungnir que só se detinha após ter atingido o alvo; e o anel Draupnir, que aumentava constantemente as riquezas a quem quer que Odin o emprestasse.
Porém, Odin não vivia só em Valhalla... Em sua companhia habitavam os mais valorosos guerreiros mortos em campos de batalha, recolhidos no minuto derradeiro pelas Valkirias, virgens aladas subordinadas ao grande deus.
Esses guerreiros - alimentados com a carne do javali Schrinnir (que ressuscitava após todas as refeições) e o leite mágico da cabra Heidum (que em muito se assemelhava ao hidromel servido aos deuses) - formavam um exército, por ocasião do Crepúsculo dos Deuses liderado pelo próprio Odin, se levantaria contra as forças ameaçadoras. Enquanto este fato não acontecia, esses valorosos combatentes desencarnados passavam os dias a beber, comer e duelar entre si. Logo, era muito comum que ao findar do dia o todo-poderoso Odin os encontrasse feridos e até mesmo mutilados. Assim, o deus-pai lançava mão de seu potencial mágico mais uma vez, no sentido de promover o retorno à condição inicial "étero-flsica", de cada um de seus guerreiros.
Não devemos nos esquecer que o grande destaque desta figura de cunho divino reside no fato de sua imagem estar intimamente relacionada à origem das runas, tanto do ponto de vista lendário quanto o de uma possível vertente histórica.
Conta-nos a lenda que o poderoso Odin, não satisfeito em ser apenas o chefe do panteão nórdico, desejou ser também um exímio conhecedor dos mistérios mágicos. Para tanto, entregou-se em ritual de sacrifício e abnegação a sua própria figura máxima. Assim, fixou-se Odin de cabeça para baixo por sua própria lança no teixo Yggdrasil, por um período de nove dias e nove noites, sangrando, com fome e com sede. Ao término deste período, avistou Odin no chão os caracteres rúnicos e desceu da Árvore do Conhecimento para recolhê-los. Não satisfeito, solicitou Odin permissão para beber um pouco de água da Fonte de Mimir (Fonte do Conhecimento), e não hesitou em entregar em pagamento por tão valioso líquido mágico um de seus próprios olhos.
De outro lado, encontramos autores, como por exemplo Michael Howard, que defendem a hipótese de um Odin-homem, chefe de uma tribo asiática que deteria conhecimento xamanístico e teria emigrado para a Escandinávia e lá instalado uma religião primitiva, baseada num código secreto de mensagens mágicas. Esse homem, após a sua morte, teria sido elevado à categoria de divindade local, sendo depois o seu culto difundido pelos sacerdotes iniciados nos seus mistérios mágicos.
Odin era também voltado às aventuras amorosas, e a Edda o apresenta como tendo várias simultaneamente. Situamo-nos a partir de seu matrimônio com a deusa Frigg, que lhe teria dado três filhos, a saber: Baldur, Hodur, e Hermod.
Com a deusa Terra, Odin teria tido o filho Thor, o mais forte dentre todos os seres humanos e divinos; além de Wall, com a giganta Rinda, que após a morte de Baldur teria enlouquecido, nunca mais tendo penteado os cabelos e lavado as mãos. Havia ainda o filho Vidar, de sua união com outra giganta, que era conhecido como o mais silencioso dos Aesir. Este personagem tem destaque especial no Crepúsculo dos Deuses, pois, embora tivesse fama de ser portador de uma inteligência nada brilhante, foi o único que conseguiu liquidar o lobo Fenris durante a batalha final (tarefa não realizável até mesmo pelo todo-poderoso Odin).
Devemos destacar o deus Bragi, tido como filho de Odin com uma humana, que pouco aparece nos manuais de mitologia escandinava em função do seu surgimento tardio, e até mesmo influenciado pela mitologia romana, que contava com seres oriundos de relações estabelecidas entre deuses e humanos.