quinta-feira, 23 de abril de 2009
O SILMARILLION
Os primeiros esboços do Silmarillion datam do início de 1925, quando Tolkien escreveu um "Esboço da Mitologia". No entanto, o conceito dos personagens, temas e histórias específicas foram desenvolvidos em 1917 quando Tolkien, então um oficial britânico que retornou da França durante a Primeira Guerra Mundial, estava numa cama sofrendo de Febre das Trincheiras. Àquela época, ele chamou sua coleção de histórias de The Book of Lost Tales.
Muitos anos depois da guerra, encorajado pelo sucesso de O Hobbit, Tolkien enviou uma versão incompleta porém mais desenvolvida de O Silmarillion para seu editor, George Allen & Unwin, mas ele rejeitou o trabalho por ser muito obscuro e "demasiadamente celta". Ele então pediu a Tolkien que ao invés desse, fizesse uma continuação para O Hobbit, idéia que se transformaria na mais famosa, mas não mais importante, obra dele: O Senhor dos Anéis
No fim dos anos 50 ele começou novamente a trabalhar no Silmarillion, mas muito de seu trabalho era relacionado a assuntos teológicos e filosóficos mais do que com a narrativa. Durante esse tempo ele escreveu muito sobre estes tópicos, como o surgimento do mal em Arda, a origem dos Orcs, o costume dos Elfos e sua imortalidade, e com o Mundo Plano, e com a história do Sol e da Lua (veja Duas Árvores de Valinor). Por esses tempos, sérias dúvidas o acometeram sobre alguns aspectos fundamentais do trabalho, e ele voltou às versões mais antigas das histórias, e parece que ele sentiu que devia solucionar esses problemas antes de publicar a versão final.
Depois da morte de Tolkien, em 1973, Christopher Tolkien compilou a narrativa de O Silmarillion. Suas intenções parecem ter sido a de manter-se consistente, principalmente com O Senhor dos Anéis. Às vezes ele chegou a ter de criar alguma coisa, devido à escassez de anotações de seu pai. O livro foi então publicado no ano de 1977.
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