sexta-feira, 15 de maio de 2009

ASGARD ROCK


Escutem e Apreciem o melhor conteúdo Underground!




FM: 93,1 MHz
Playlist (Winamp, Media Player, etc): http://streaming09.maxcast.com.br:8126/live.m3u
Site Feio: http://musikcity.mus.br/ra/pernambucofm.html

(se for possível usar o player audio e video digital Winamp para ouvir a rádio on line, se não tiver clique aqui para baixar o programa)

O Programa rola aos domingos das 18:00 as 21:00

Confira o que rola de mais atual e principalmente clássicos do rock mundial. HEAVY, THRASH, DEATH, BLACK, DOOM, GOTHIC, VIKING, E FOLK METAL de alta qualidade, além de muito ROCK PROGRESSIVO!

Apresentado pelos nossos amigos ARTUR e SAULO.

Contatos:

- Site da rádio PEFM: http://radiopernambucofm.com.br/

- Fanpage oficial no Facebook: http://www.facebook.com/asgardrockradio

- Grupo do Facebook: https://www.facebook.com/groups/219981858077280

- Antiga comunidade Orkut: http://goo.gl/l3Yj6

- Atual comunidade Orkut: http://goo.gl/0EFsa

- Twitter (brevemente)

- Blog (brevemente)

Vida longa a o rock and roll e morte a o falso metal!!!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Beren Erchamion


Beren era filho de Barahir, um dos antigos Edain de Beleriand e Senhor da Casa de Bëor, O Velho. Ele foi um dos mais famosos homens mortais de toda a história de Arda. Nascido durante o quarto século da Primeira Era do Sol, Beren viveu durante os anos do Domínio de Morgoth sobre Beleriand. Foram anos nos quais o poder dos Elfos Cinzentos foi ampliado pela chegada dos AltosElfos de Aman, os Noldor. O encontro de ambos às famílias élficas não poderia ter ocorrido em melhor hora, pois Morgoth havia retornado, e sua fortaleza de Angband espalhava o terror pelas terras mortais. Bëor, o mais antigo ancestral de Beren, foi o primeiro homem mortal encontrado pelos elfos. Dizem as lendas que Finrod, um Senhor entre os Noldor estava viajando pelo distante leste de Beleriand quando viu, ao longe, a luz de fogueiras. Ele ficou muito espantado, pois os Elfos Silvestres que viviam naquelas terras não faziam fogueiras, e decidiu se aproximar e ver quem estava lá. Com muita cautela (pois os orcs de Morgoth eram temidos) ele se aproximou, e atrás de moitas observou o grupo que estava cantando a luz de uma fogueira. N ão eram orcs, isso ficou claro a Finrod, mas também não eram elfos, e por momentos ele foi tomado por uma desconcertante d úvida sobre aqueles desconhecidos. Mas Finrod continuou observando-os, e com o tempo entendeu que esses deveriam ser os Atani, o Segundo Povo que estava sendoesperado a Eras pelos Eldar. Espantado Finrod os observava, e com o tempo passou a sentir amor por aquelas Crianças de Eru. Após todos terem adormecido Finrod caminhou até a fogueira e pegou a harpa rústica que estava sendo tocada. Então ele mesmo tocou e cantou uma canção de Valinor, e os homens foram despertando um a um, e vendo o Senhor Élfico cantando pensavam estar sonhando, e então viam os amigos despertando com um olhar tão espantado quando o deles, e entendiam que não era um sonho. Assim foi o primeiro encontro dos homens mortais com os elfos, e esses homens da Casa de Bëor juraram vassalagem a Finrod e se tornaram os primeiros Amigos dos Elfos. À Casa de Bëor foi concedida uma terra livre na qual poderiam viver, isso com o único juramento de vigiar todos os movimentos de Morgoth e guerrear contra ele se a necessidade surgisse. Assim, os Atani povoaram Dorthonion, e na terceira geração deste povo nasceu Beren, filho de Barahir, que era descendente de Bëor, O Velho. Durante sua infância Beren não teve uma vida especialmente dura, pois apesar de Dorthonion ser uma terra fria e cercada por montanhas a resistência dos antigos Edain era famosa, e com a amizade dos elfos os mortais aprenderam muito, de forma que nada lhes faltava, sua força e número aumentavam ano após ano. Mas uma grande desgraça ocorreu. Morgoth quebrou o grande cerco a Angband que era mantido por elfos e homens. Os maiores exércitos e as principais fortalezas foram destruídos, e assim os orcs puderam atacar todas as terras ao norte. Dorthonion foi acossada pelas hostes de Morgoth, todavia os homens da Casa de Bëor eram guerreiros, e não cediam um palmo de terra aos orcs sem luta. Mas aos poucos eles foram cedendo, at é que sua situação tornou-se desesperadora. Então Barahir juntou todas as mulheres, crianças, velhos e feridos que restavam de seu povo, e lhes ordenou que fugissem para o sul, para Doriath, se pudessem, mas ele ficou. Beren estava com seu pai, e junto com ambos um punhado de sobreviventes aptos a lutar. Neste momento os orcs os estavam caçando como cães. Beren foi enviado pelo pai como espião, devendo olhar os orcs e saber o que estavam fazendo, e justamente nestes dias o bando de Barahir foi descoberto e atacado por uma grande companhia de orcs... todos foram mortos. Quando Beren retornou ao esconderijo, viu ao longe um grupo de aves de carniça descendo e subindo sobre os amieiros de Tarn Aeluin. Só o que pôde fazer foi sepultar os ossos de seu pai, e furioso partir atrás dos orcs em busca de qualquer tipo de vingança que posse capaz de conseguir. Após dias de busca, a noite, encontrou o acampamento dos orcs, contra a fogueira ele viu o capitão dos orcs se vangloriando da matança dos Edain e mostrando a mão decepada de Barahir, que cortara para provar que sua miss ão estava cumprida. Na m ão ainda estava o Anel de Finrod Falagund, que Barahir havia recebido como prova da amizade entre suas Casas. Enlouquecido Beren saltou de trás de um rochedo e matou o capitão apoderando-se da mão de seu pai. Os orcs ficaram tão espantados com seu ataque que erraram suas flechas, e Beren escapou. Deste momento em diante Beren tornou-se um homem procurado, mas tamb ém um homem tomado de grande fúria e desejo de vingança. Ele permaneceu em Dorthonion durante quatro anos, emboscando orcs sempre que podia, e seu nome era temido. Então Morgoth ofereceu um prêmio por sua cabe ça igual ao que oferecia pela de Fingon, o Rei Supremo dos Noldor, e enviou um exército comandado por Sauron pessoalmente, e Beren viu-se de tal modo perseguido que por fim foi obrigado a fugir de Dorthonion. Em tempo de inverno e neve abandonou sua terra, e subindo as elevadas regi ões de Gorgoroth avistou as terras de Doriath. A sua viagem foi terr ível, os precipícios de Ered Gorgoroth eram abruptos, e para além havia a região selvagem de Dungortheb, onde a bruxaria de Sauron e o poder de Melian se uniam e onde horror e loucura caminhavam juntos. Beren foi o único homem mortal a cruzar as Montanhas Nebulosas e o Reino das Aranhas Gigantes. Foi durante suas viagens que Beren entrou no reino do Alto Rei Élfico Thingol, e lá viu Lúthien Tinúviel dançando entre a cicuta. O coração de Beren foi tomado no mesmo instante, e, incrivelmente, o coração de Lúthien também foi tomado por ele. Thingol é claro não concordou com a união, e teria matado Beren n ão fosse por um juramento feito a sua filha... masastutamente pediu a Beren um pre ço pela m ão de Lúthien, um Silmaril da coroa de ferro de Morgoth. Thingol sabia que estava mandando Beren em uma missão suicida, mas ele a aceitou sem hesita ç ão. Beren riu-se de Thingol e falou que, pela mão se Lúthien, era um pre ço muito baixo a pagar. Então ele partiu de Doriath e chegou a região dos lagos do crepúsculo e dosPântanos do Sirion. Daí olhou para o ocidente e viu Talath Dirnen, a planície guardada, e desprovido de esperança ou conselho voltou seus passos nesta direção. Nesta planície os elfos de Nargothrond mantinham uma severa vigilância, e nas suas florestas e campos haviam arqueiros habilmente escondidos. Beren sabia que seria morto se avan çasse muito, então passou a gritar alto que era filho de Barahir, e levantou o anel ganho por seu pai de Finrod pedindo para ser levado à presença do Rei. Por isso ele n ão foi morto, mas levado a Finrod, que reconheceu o anel e disse que realmente estava em débito para com esse filho dos homens. Finrod pediu por ajuda, mas sua própria casa se recusava a ajudar um homem mortal, pior ainda, na louca miss ão de roubar uma Silmaril da coroa de ferro de Morgoth. Finrod ficou irado pela falta de coragem de sua casa, e partiu na companhia de apenas dez fiéis que se recusavam a abandonar seu Rei. Não muito tempo depois ambos foram capturados por Sauron, que os aprisionou na Ilha dos Lobisomens, mas Lúthien foi em seu socorro juntamente com o grande cão de caça de Valinor, Huan, conseguindo salvá-lo no último instante... mas todos os companheiros de Beren, incluindo Finrod Falagund, Rei de Nargothrond, haviam sido mortos. Depois disto rumaram para Angband, onde Morgoth havia acorrentado a porta Carcharoth, um monstruoso lobo que havia sido alimentado por sua própria mão e crescido mais que qualquer outro de sua raça. Lúthien fezCarcharoth dormir e ambos conseguiram entrar... l á dentro L úthien cantou em frente ao pr óprio Morgoth e todos em Angband adormeceram. Com isso Beren conseguiu cortar um Silmaril da coroa de ferro. Enquanto saiam o encanto de Lúthien perdia sua força, e Carcharoth começava a despertar. Beren empunhou a Silmaril e barrou o ataque do lobo, mas teve sua mão abocanhada e arrancada. Carcharoth uivou em desespero, pois nenhuma carne conspurcadapodia tocar nas Silmarils sem queimar com dor insuportável... rompendo suas correntes o lobo fugiu em desesperada correria. De volta ao reino de Thingol Beren foi recebido com honras, pois apesar de mortal, Thingol viu nele honra e coragem superiores à de muitos lordes élficos, seu casamento foi permitido e ele passou a viver entre os elfos. Mas a maldição que acompanha as Silmarils não havia acabado. Carcharoth, enlouquecido pela dor estava espalhando o medo por todas as terras por onde passava, e Beren viu que deveria terminar seu trabalho. Juntamente com Thingol, Beleg Arco Forte, Mablung Mão Pesada e Huan, Beren iniciou a maior ca çada da Primeira Era do Sol. Carcharoth foi encontrado tentando aplacar sua dor bebendo água de um rio, notando a presença dos caçadores ele não atacou, mas se escondeu e esperou. Huan estava impaciente com a demora e entrou no vale tentando desentocar Carcharoth. Neste momento o lobo atacou indo diretamente para Thingol. Beren se colocou entre ele e o Rei sendo atingido no peito pela fera, Huan vendo Beren caído no chão atacou Carcharoth pelas costas e caíram os dois engalfinhados, a lutar ferozmente; e não houve nunca combate entre lobo e cão de caça que se parecesse com aquele, pois no latir de Huan ouvia-se a voz das trompas de Oromë e a ira dos Valar, mas nos uivos de Carcharoth estavam contidos o ódio de Morgoth e uma maldade mais cruel que dentes de aço; e as rochas partiram-se com seu clamor e ca íram das alturas. Ambos travavam um combate de morte, mas Thingol não lhes prestava atenção, pois estava ajoelhado junto de Beren que fora mortalmente ferido. Neste momento Huan vencia a luta e matou Carcharoth, mas ali, nas florestas de Doriath cumpria-se também o seu destino que havia à muito sido ditado, pois o veneno de Morgoth entrou nele e Huan estava morrendo. O grande cão de caça aproximou-se, caindo ao lado de Beren, e falou pela última vez despedindo-se antes de morrer. Beren nada falou, mas colocou a m ão sobre a cabe ça de Huan e assim se despediram. Mablung e Beleg vieram apressados em socorro do Rei, mas quando viram o que aconteceu largaram suas lanças e choraram. Então, Mablung pegou um punhal e abriu o ventre de Carcharoth, que por dentro estava quase todo consumido como que por um fogo, mas a mão de Beren que segurava a Silmaril estava incorrupta. Quando, porém, Mablung fez menção de lhe tocar, a mão desapareceu ficando apenas a Silmaril, a descoberto, e sua luz encheu as sombras da floresta. Então rapidamente e com temor, Mablung pegou-a e a colocou na m ão viva de Beren, e Beren reanimou-se com o contato da Silmaril, ergueu-a e pediu que Thingol a recebesse: - Agora a missão está cumprida! disse - e meu destino completo. e não falou mais. Transportaram Beren Erchamion, filho de Barahir numa maca de ramos, com Huan a seu lado. A noite caiu entes de chegarem a Menegroth, e aos pés de Hírilorn, a grande faia, Lúthien encontrou-os a andar devagar, alguns empunhando archotes ao lado da maca. Ali ela abraçou e beijou Beren. Caindo sobre ele Lúthien chorou e lhe pediu que a esperasse além do mar ocidental... e ele lhe fitou os olhos antes de seu espírito partir. Nas Terras Imortais o espírito de Lúthien foi confrontada com Mandos, o Guardião dos Mortos, ela cantou para ele a canção mais triste já ouvida deste então, e Mandos se compadeceu (coisa que nunca antes havia acontecido, e jamais tornou a acontecer). Foi permitido que ela e Beren retornassem para viver na Terra-média como mortais, e quando suas vidas terminassem deveriam compartilhar do destino dos homens. Assim Beren e Lúthien viveram felizes em Tol Galen, e tiveram um filho chamado Dior, que se tornou o herdeiro de Thingol.


isso é só um resumo!
leia na integra em O SILMARILLION

A Elessar



A Elessar era uma gema verde (um verde como os raios de Sol que passam pelas folhas primaveris) incrustada num broche prateado, em forma de águia com as asas abertas. A jóia tinha propriedades / características, olhando através dela para uma coisa ou pessoa envelhecida e/ou ferida, o seu portador via essa mesma coisa ou pessoa no auge da sua beleza e juventude.

As mãos do seu portador eram também capazes de curar ferimentos. Existem várias versões quanto á origem da Elessar. Uma é que foi feita por Enerdhil, joalheiro de Gondolin, considerado o maior na sua arte a seguir a Fëanor.
Enerdhil amava todas as coisas verdes que cresciam e adorava ver a luz do sol através das folhas. Deu essa gema a Idril, filha do Rei Turgon e ela usou-a
ao peito; e assim foi salva do incêndio de Gondolin. E quando Idril partiu à vela com Tuor, deixou a Elessar com o seu filho.
Eärendil, para que pudesse sarar algumas feridas na Terra Média, infligidas por Morgoth; e na verdade, enquanto viveu no Porto de Sirion, Eärendil sarou algumas feridas e todas as coisas foram durante algum tempo, verdes e belas. Mas quando Eärendil iniciou as suas grandes viagens por mar usava a Elessar ao peito, pois no meio de tudo o que procurava nunca o abandonara o pensamento de que talvez pudesse reencontrar Idril.
E foi assim que a Elessar desapareceu, pois Eärendil não regressou mais à Terra Média. Mas mais tarde apareceu de novo uma Elessar na Terra Média.
Uma das versões da história diz que foi Olórin (que na Terra M édia foi conhecido por Mithrandir ou Gandalf) a trouxera consigo do Ocidente, pela gra ça dos Valar. E quando Olórin foi ter com Galadriel, que vivia sob as árvores da Floresta Verde, a Grande, tiveram uma longa conversa juntos.
Pois Galadriel ansiava por notícias da sua família e da terra abençoada do seu nascimento, mas, apesar disso, não estava disposta a abandonar a Terra Média.
E depois de Olórin lhe dar muitas notícias, ela suspirou e disse: "peno na Terra Média, porque as folhas caem e as flores fenecem; o meu coração anela, lembrando árvores e erva que não morrem. Gostaria de tê-las na minha terra."
E Olórin perguntou-lhe: "Gostarias então de ter a Elessar?" E Galadriel indagou: "Onde está agora a pedra de Eärendil?
E Enerdhil, que a fez, partiu". "Quem sabe?" respondeu Olórin.
"Certamente - disse Galadriel - atravessaram o mar, como todas as outras coisas belas. Terá
então a Terra Média de fenecer e perecer para sempre?" "Esse é o seu destino" disse Olórin. "No entanto, por breve tempo, isso poderia ser emendado, se a Elessar regressasse. Por breve tempo, até chegarem os dias dos Homens." "Se... e contudo, como poderia isso ser?" disse
Galadriel. "Pois certamente os Valar estão agora afastados e a Terra Média está longe do seu pensamento, e todos quantos se mantêm nela encontram-se sob uma sombra."
"Não é assim" afirmou Olórin. "Os olhos deles não estão obscurecidos nem os seus corações endurecidos. Como prova, olhai para isto!" E colocou diante dela a Elessar, e ela olhou-a e maravilhou-se. E Olórin disse: "Isto vos trouxe de Yavanna. Usai-a como quiserdes e durante algum tempo fareis da terra da vossa residência o lugar mais belo da Terra Média.
Mas não é para a possuirdes. Entregá-la-eis quando o momento chegar, pois, antes de vos cansardes e finalmente abandonardes a Terra Média, alguém vir á que dever á recebê-la, e o seu nome ser á o da pedra: Elessar ser á chamado". Outra vers ão conta que foi Celebrimbor, chefe dos joalheiros élficos, que fez uma nova Elessar na 2 ª Era para Galadriel, pois ela sofria com o
desaparecimento de todas as coisas belas que amava e porque a terra da sua residência estava cheia de mágoa que nenhuma Primavera podia sarar. Disse-o a Celebrimbor, que lhe perguntou: "De que outro modo poder á ser para os Eldar, se eles permanecem na Terra Média?
Quereis então atravessar o mar?" "Não - respondeu ela - Angrod partiu, Aegnor partiu e Felagund j á n ão existe. Dos filhos de Finafrin sou a última. Mas o meu
cora ç ão ainda é orgulhoso. Que mal fez a Casa Dourada de Finafrin para que eu tenha de pedir o perdão dos Valar ou contentar-me com uma ilha no mar, eu cuja terra nativa foi Aman, a
Abençoada? Aqui sou mais poderosa."
"Que quereis ent ão?" perguntou Celebrimbor.
"Gostaria de ter à minha volta árvores e erva que n ão morressem... aqui, na terra que é minha - respondeu ela - que aconteceu à arte dos Eldar? E Celebrimbor disse: "Onde está agora a pedra de Eärendil? E Enerdhil, que a fez, partiu".
"Atravessaram o mar - disse Galadriel - como quase todas as coisas belas. Mas terá a Terra
Média de fenecer e perecer para sempre?"

" É esse o seu destino, creio - respondeu Celebrimbor - Mas sabeis que vos amo (embora vos tenhais voltado para Celeborn das
árvores) e, por esse amor farei o que puder, se acaso, pela minha arte, o vosso sofrimento puder ser diminuído". Mas não disse a Galadriel que ele próprio tinha sido de Gondolin e um amigo de Enerdhil, embora em muitas coisas o amigo o suplantasse.
E assim fez para Galadriel a maior das suas obras - exceptuando apenas os três aneis. Essa jóia era mais s úbtil e clara do que a de Enerdhill e a sua luz tinha menos poder, pois a de Enerdhill era iluminada pelo Sol ainda na sua juventude e a de Celebrimbor, quando foi feita, já o Sol tinha "enegrecido" com a sombra de Morgoth. Apesar disso, a Elessar de Celebrimbor era radiosa e,
através do seu poder, todas as coisas se tornaram belas à volta de Galadriel. Não estava sob o domínio do Um, pois foi feita antes de Sauron se erguer de novo.
Outra versão da história conta que a Elessar foi feita em Gondolin por Celebrimbor, e assim passou para Idril e para E ärendil.
Mas essa desapareceu. Celebrimbor fez então uma segunda Elessar em Eregion, a pedido de Galadriel, que ele amava. Nesta versão Enerdhil nunca existiu, aliás, o seu nome não aparece em nenhum outro escrito. E ainda há outra versão que nos diz que apenas existiu uma Elessar, feita por Celebrimbor para Galadriel.
Mas quando recebeu Nenya, o Anel Branco, Galadriel deu a Elessar a sua filha Celebrían, que por sua vez a deu a sua filha Arwen.
Arwen pediu a Galadriel que a oferecesse a Aragorn, o que ela fez à despedida da Irmandade em Lórien, com as seguintes palavras:

"Dei esta pedra a minha filha, Celebrían, e ela à sua; e agora passa para as suas mãos, como penhor de esperança. Nesta hora assuma o nome que lhe foi destinado, Elessar, o Pedra Elfa da Casa de Elendil!" Aragorn recebe a Elessar das mãos de Galadriel.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Pão-de-viagem dos Elfos

Lembas era usada em grandes jornadas. Provia força aos viajantes e também podia ajudar a curar os machucados ou doentes. Um pão era suficente para um dia inteiro de caminhada. Se enrolada em folhas de mallorn e mantida intacta a lembas permaneceria fresca por muitos dias. era crocante, marrom claro por fora e cor creme por dentro. Era bastante saboroso.

Foi originalmente dado aos Elfos por Yavanna. Ela enviou Orome para dar aos Elfos lembas para sua Grande Jornada a Eldamar. Yavanna fez lembas do milho que ela cultivou no campo de Aman e os bolos passavam a energia daquela terra aos que o comiam.

Os Elfos aprenderam a cultivar este milho na Terra-Média. O segredo de fazer lembas foi mantido pelas Elfas chamadas Yavannildi, as criadas de Yavanna. Apenas elas tinham permissão de manusear o milho para transforma-lo em bolo. A mulher mais alta na hierarquia era chamada de massáine ou besain: a Mulher, ou fornecedora de pão.

Raramente dividiam as lembas com mortais, pois isso faria com que eles tivessem consciência de sua mortalidade e desejassem Aman, para onde eles não poderiam ir. Melian demonstrou grande favor a Turin quando deu lembas a Beleg para trazer seu amigo para a selva. Essa foi a primeira vez que Elfos forneceram lembas para o uso do Homem.

Galadriel deu lembas para a Sociedade quando eles saíram de Lothlórien em fevereiro de 3019. As lembas deram energia aos viajantes em sua missão. Aragorn, Legolas e Gimli comeram lembas enquanto corriam 45 léguas em menos de quatro dias perseguindo o Uruk-hai que havia capturado Merry Brandybuck e Pippin Tûk. Merry e Pippin comeram algumas lembas para revitalizarem suas forças quando escaparam perto da Floresta de Fangorn. Aragorn pode discernir o que houve com os Hobbits em parte por causa das migalhas de lembas e folhas de mallorn encontrados nos limites da Floresta.

A caminho de Mordor, Sam racionou cuidadosamente a lembas, mas ele se preocupava que o suprimento acabaria antes da jornada de volta. Frodo ofereceu lembas a Gollum, mas Gollum cuspiu a chamando de “poeiras e cinzas”. Os Orcs nas Torres de Cirith Ungol também não gostavam da aparência e gosto de lembas, então deixaram o suprimento de Frodo quando tiraram suas posses. O que foi oportuno, já que sem lembas Frodo e Sam não teriam conseguido chegar à Montanha da Perdição.

“O lembas tinha uma virtude sem a qual os dois teriam há muito tempo se deitado à espera da morte. Não satisfazia o desejo, e algumas vezes a mente de Sam se enchia com lembranças de comida, e o desejo de um simples pão e carnes. E, apesar disso, aquele pão-de-viagem dos elfos tinha um poder que aumentava à medida que os viajantes confiavam apenas nele, sem misturá-lo a outras comidas. Alimentava a disposição, e dava forças para resistir; e para dominar os tendões e os membros, uma capacidade que ia além da medida dos mortais.”

mais em:

A Sociedade do Anel: “Adeus à Lórien”

As Duas Torres: “Os Cavaleiros de Rohan”, “Os Uruk-hai”, “O Cavaleiro Branco”

O Retorno do Rei: “A Torre de Cirith Ungol”, “A Montanha da Perdição”

O Silmarillion: “De Turin Turambar”

*Lembas é Sindarin. A forma mais antiga era lenn-mbass significando “pão-de-viagem”. A palavra em Quenya é coimas, significando “pão-da-vida”. A palavra massánie é derivada de masta a qual significa “pão” em Quenya. A palavra besain é derivada da palavra bast em Noldorin e também significa “pão”. As Yavannildi eram chamadas Ivonwin em Sindarin porque Ivann em Sindarin significa Yavanna. As duas palavras vêm de yab que significa “fruta”.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Rohan







Dentro do mundo de fantasia criado por J.R.R. Tolkien, Rohan é um reino localizado ao Sul das Montanhas Sombrias e ao norte de Gondor.

A terra de Rohan é composta por vastas planícies e pastagens, e seus habitantes são conhecidos como Senhores dos Cavalos, pois os cavalos de Rohan são belos e fortes, e os rohirrim os cavalgam com maestria. Rohan foi, desde sua criação, aliada do reino de Gondor, e essas duas nações se auxiliam em momentos de crise.

A capital de Rohan é a cidade de Edoras, e durante o final da Terceira Era foi governada pelo Rei Theóden, época na qual Rohan se envolveu ativamente nas guerras que culminaram com a derrota de Sauron e com o final da Terceira Era.

Supostamente, a cidade ficava em uma colina, por entre muralhas e cercas-vivas. No centro, estava Meduseld, o palácio dourado (morada do rei Théoden, rei de Rohan, senhor dos cavaleiros). De acordo com a história, a cidade possuia um abrigo-cidade chamado o Abismo de Helm, para onde foram os Rohirim para protegerem-se de um ataque iminente do exército formado em Isengard pelo Mago Branco, Saruman.

Gondor




Gondor é um reino fictício criado por J.R.R. Tolkien. Situa-se a sul da Terra-Média e é onde moram os homens que descendem dos numenorianos. Sua capital é Minas Tirith, a árvore branca de Gondor.


Após o rei de Númenor, Ar-Pharazôn, sob a influência de Sauron, reunir uma gigantesca armada e navegar até as Terras do Oeste para enfrentar os Valar, Ilúvatar causou a submersão de Númenor através de uma onda gigantesca. Mas Elendil, senhor de Andúnië e descendente de Ëarendil e Elwing e portanto herdeiro do trono, embora por sucessão indireta, escapou do desastre com seus filhos Isildur e Anárion. Chegando na Terra Média fundou o reino de Gondor, ao sul, governado por seus dois filhos, e o reino de Arnor, ao norte, governado por ele próprio.

O reino do sul possuía três cidades principais: Minas Tirith (a Torre da Lua) a leste do Anduin e Minas Anor (a Torre do Sol) a oeste do Anduin.

A terceira cidade, foi a primeira capital de Gondor, chamada Osgiliath, a Fortaleza das Estrelas, a cidade construída em ambas as margens do rio Anduin. Onde, acima do rio, foi eregida uma construção magnífica que compreendia entre outras coisas uma ponte interligando ambas as margens e a sala do trono, onde os tronos de Isildur e Anárion ficavam lado a lado. Mais tarde, após a Contenda das Famílias, a diminuição do poder de Gondor a leste do Anduin levou à queda de Minas Ithil sob o poder dos Nazgûls. Desde então esta passou a se chamar Minas Morgul (Torre da Bruxaria) e Osgiliath foi tomada e reduzida à ruínas.

Desde então a capital do reino de Gondor passou a ser a antiga cidade de Minas Anor, que passara a chamar-se Minas Tirith (Torre da Guarda).

Gondor foi governada durante muito tempo pelos descendentes de Anárion, até que o rei Eärnur foi morto pelo Rei bruxo de Angmar sem deixar descendentes. A partir daí, Gondor foi governada pelos regentes do reino até o regresso do rei, o que só ocorreu com a chegada de Elessar no fim da Terceira Era.


Nos Primordios

Antes da queda de Númenor, Gondor era o lar de muitos colonizadores Númenoreanos, que ou misturaram sange com os homens que ali viviam, se fossem amigáveis, ou os dispersaram em Andrast e outras terras próximas. Gondor, numa latitude comparável a Veneza, era uma região mais temperada que Arnor no norte. Alguns especulam que a região que se tornaria Gondor já teria uma população maior que Eriador antes dos navios dos filhos de Elendil chegarem. Na época da queda de Númenor, havia uma cidade bem-estabelescida, Pelargir, situada junto ao rio Anduin perto da costa.

domingo, 10 de maio de 2009

A Lenda de Odin

É o maior de todos os deuses do panteão nórdico, sendo ainda o deus-pai, criador do mundo dos homens, demônios e espíritos esclarecidos, genitor de todos os demais deuses e chefe da família dos Aesir. Seu dia de veneração é a quarta-feira (Wednesday), sua cor é o azul e sua pedra a água-marinha.
Odin era primeiramente conhecido como Wodanaz, do antigo gótico que significava "Mestre da Inspiração"; Vodans no antigo nórdico; Odinn no antigo dialeto das Ilhas Feroé (Costa da Noruega); Ouvin no antigo saxão; Wuodan no alto alemão; Wuotan na Westfalia e finalmente Guodan ou Gudan na Frisia Veda.
Seu nome parece ter origem no antigo nórdico Vada e Od, e no antigo alemão Watan e Wuot. E se inicialmente significavam razão, memória e sabedoria, com o advento do cristianismo passaram a ser associados às palavras tempestuoso e violento.
Existem várias designações para Odin, e as mais conhecidas são: Aldafur (Pai de Todos), Pai dos Exércitos, Pai dos Mortos em Batalha, Pai da Magia, Padroeiro dos Magos, andarilhos e ladrões, Senhor das Runas, Guardião das Runas, Velho Criador, Grim (Encapuzado), Senhor dos Mortos e das Encruzilhadas; e ainda, Senhor do Vento Norte.
Odin é famoso também pelo seu alto grau de conhecimento; e conta a lenda que procura revelá-lo a partir do duelo de palavras, onde aposta a vida e sai sempre ganhando. É comum aparecer às profetisas e visionários pedindo informações estranhas, dando sempre em pagamento ricos presentes. Não podemos deixar de ressaltar ainda que Odin era também conhecido como Senhor da Guerra e da Poesia, e que em sua homenagem havia inclusive uma tropa de sacerdotes-guerreiros intitulada Berserkgrand.
Seus componentes, os Berserkers (nome que significava "Camisa de Urso" ou "Pele de Lobo"), detinham treinamento xamanístico e utilizavam também cogumelos alucinógenos que visavam alterar o estado de consciência. Aqui devemos abrir um parêntese para esclarecer que a imagem que nos chega do guerreiro Viking em nada corresponde àquela que melhor representaria um soldado mediano. Este último portava rústicas túnicas de lã (o que inclusive permitia que enfrentasse o rigoroso inverno nórdico), adornadas pela sobreposição de uma cota de metal. Ao contrário, a imagem popularizada é na realidade a dos Berserkers: homens enormes, com barbas e cabelos longos que se apresentavam vestidos com peles de urso ou lobo, atadas aos corpos por enormes cinturões; e portando ainda grandes elmos adornados por chifres.
Odin era ainda o Rei dos Deuses, e devido a tal habitava o Valhalla - o mais esplendoroso de todos os palácios do Asgard. Sentado em seu famoso trono Hlidskjalf, de onde podia avistar o mundo inteiro, Odin se revestia de onisciência, onipresença e onipotência.
Para isso contava ainda com a ajuda de dois corvos: Hugin (espírito ou razao) e Munin (memória de entendimento), que estavam sempre posicionados em seus ombros, e que durante o dia percorriam o mundo, voltando depois para contar as novidades ao grande deus.
Havia ainda dois lobos: Geri e Freki, que se alimentavam de toda carne (inclusive humana) que era ofertada a Odin, e que montavam guarda aos seus pés.
Não podemos deixar de citar também a fabulosa contribuição de seu lendário cavaio Sleipnir, que, munido de oito patas, permitia ao deus locomover-se rapidamente pelos céus, indo de uma esfera a outra da existência humana ou divina. Dos mágicos anões ferreiros, Odin recebeu sua lança Gungnir que só se detinha após ter atingido o alvo; e o anel Draupnir, que aumentava constantemente as riquezas a quem quer que Odin o emprestasse.
Porém, Odin não vivia só em Valhalla... Em sua companhia habitavam os mais valorosos guerreiros mortos em campos de batalha, recolhidos no minuto derradeiro pelas Valkirias, virgens aladas subordinadas ao grande deus.
Esses guerreiros - alimentados com a carne do javali Schrinnir (que ressuscitava após todas as refeições) e o leite mágico da cabra Heidum (que em muito se assemelhava ao hidromel servido aos deuses) - formavam um exército, por ocasião do Crepúsculo dos Deuses liderado pelo próprio Odin, se levantaria contra as forças ameaçadoras. Enquanto este fato não acontecia, esses valorosos combatentes desencarnados passavam os dias a beber, comer e duelar entre si. Logo, era muito comum que ao findar do dia o todo-poderoso Odin os encontrasse feridos e até mesmo mutilados. Assim, o deus-pai lançava mão de seu potencial mágico mais uma vez, no sentido de promover o retorno à condição inicial "étero-flsica", de cada um de seus guerreiros.
Não devemos nos esquecer que o grande destaque desta figura de cunho divino reside no fato de sua imagem estar intimamente relacionada à origem das runas, tanto do ponto de vista lendário quanto o de uma possível vertente histórica.
Conta-nos a lenda que o poderoso Odin, não satisfeito em ser apenas o chefe do panteão nórdico, desejou ser também um exímio conhecedor dos mistérios mágicos. Para tanto, entregou-se em ritual de sacrifício e abnegação a sua própria figura máxima. Assim, fixou-se Odin de cabeça para baixo por sua própria lança no teixo Yggdrasil, por um período de nove dias e nove noites, sangrando, com fome e com sede. Ao término deste período, avistou Odin no chão os caracteres rúnicos e desceu da Árvore do Conhecimento para recolhê-los. Não satisfeito, solicitou Odin permissão para beber um pouco de água da Fonte de Mimir (Fonte do Conhecimento), e não hesitou em entregar em pagamento por tão valioso líquido mágico um de seus próprios olhos.
De outro lado, encontramos autores, como por exemplo Michael Howard, que defendem a hipótese de um Odin-homem, chefe de uma tribo asiática que deteria conhecimento xamanístico e teria emigrado para a Escandinávia e lá instalado uma religião primitiva, baseada num código secreto de mensagens mágicas. Esse homem, após a sua morte, teria sido elevado à categoria de divindade local, sendo depois o seu culto difundido pelos sacerdotes iniciados nos seus mistérios mágicos.
Odin era também voltado às aventuras amorosas, e a Edda o apresenta como tendo várias simultaneamente. Situamo-nos a partir de seu matrimônio com a deusa Frigg, que lhe teria dado três filhos, a saber: Baldur, Hodur, e Hermod.
Com a deusa Terra, Odin teria tido o filho Thor, o mais forte dentre todos os seres humanos e divinos; além de Wall, com a giganta Rinda, que após a morte de Baldur teria enlouquecido, nunca mais tendo penteado os cabelos e lavado as mãos. Havia ainda o filho Vidar, de sua união com outra giganta, que era conhecido como o mais silencioso dos Aesir. Este personagem tem destaque especial no Crepúsculo dos Deuses, pois, embora tivesse fama de ser portador de uma inteligência nada brilhante, foi o único que conseguiu liquidar o lobo Fenris durante a batalha final (tarefa não realizável até mesmo pelo todo-poderoso Odin).
Devemos destacar o deus Bragi, tido como filho de Odin com uma humana, que pouco aparece nos manuais de mitologia escandinava em função do seu surgimento tardio, e até mesmo influenciado pela mitologia romana, que contava com seres oriundos de relações estabelecidas entre deuses e humanos.


Yggdrasil - A Árvore do Mundo


A sustentação do planeta Terra sempre foi um fator de imensa curiosidade aos olhos primitivos. Assim, cada cultura, e por conseguinte cada mitologia, procurou sempre abordar este tema da maneira que lhe parecesse mais convincente e lhe fosse mais conveniente. Para a mitologia nórdica não se fez uma exceção.
A visão comum a esses povos bárbaros era a de um universo ao longo da sombra de uma gigantesca árvore que mantinha suas descomunais raízes entranhadas na terra, com o propósito de manter coesa a massa terrestre. Conta-nos a lenda que essa árvore denominada Yggdrasil seria do tipo Teixo, também conhecida como Árvore do Mundo ou Árvore do Conhecimento. Sua origem estaria ligada ao mito da criação anteriormente citado, e teria surgido do corpo do gigante Ymir, assumindo proporções descomunais e propriedades fabulosas. Sua imensa copa chegaria aos céus, podendo desta maneira permanecer sempre banhada por uma luminosa nuvem que orvalhava hidromel (bebida dos deuses), e que tinha por função revitalizar automaticamente a imensa árvore, que alimentava com seus brotos, folhas e mesmo raízes animais que habitavam as circunvizinhanças.
Estas raízes seriam de proporções fantásticas e número ilimitado; sendo que três seriam dignas de destaque. A primeira por atingir simbolicamente o Asgard (morada dos deuses), após ser infinitamente banhada pela Fonte das Nornes, as deusas do destino. Acreditavam os nórdicos ser essa fonte detentora de potencial rejuvenescedor, sendo uma das explicações para a perenidade dos deuses. A segunda, por penetrar no Jotunheim, Terra do Gelo, onde passaram a viver os gigantes após serem expulsos do Asgard por Odim e sua família), e finalmente atingir a fonte de Mimir tida como fonte da sabedoria e inteligência.
Segundo a lenda, seu guardião era tio e conselheiro particular do Todo-Poderoso Odin, que também se chamava Mimir, palavra que significa "Aquele que. Pensa". E embora algumas obras o coloquem como deus da sabedoria, Mimir era um ser menos poderoso, que pertencia à raça dos gigantes, e detinha talentos mágicos de gênio - sendo famoso por sua inteligência e prudência. Ao que tudo indica, era tão grande sua sabedoria que Odin não hesitou em trocar um de seus olhos por um pouco da água da Fonte Mimir que lhe revelou o significado dos símbolos rúnicos. O mito nos relata ainda que sua cabeça era um oráculo poderosíssimo - consultado até mesmo pelo próprio Odin em momentos críticos. A terceira raiz que devemos destacar é aquela que se acreditava atingir o Niflheim (Terra dos Mortos); e era constantemente nutrida pela fonte Hvergelmir, de onde a água se escoava em fabulosas cachoeiras para formar os grandes rios do mundo. Por outro lado, servia constantemente de alimento á serpente-dragão Nidhogge (Escuridão): ser de proporções descomunais que tinha por função corroer constantemente a Árvore do Mundo.
Encontramos a referência de que os galhos mais altos serviam de moradia ao Galo de Ouro, que tinha a responsabilidade de guardar os horizontes e denunciar aos deuses a aproximação de seus eternos inimigos, os gigantes.
Logo abaixo mas ainda no topo, habitava uma águia que passava o tempo a investigar o mundo, e que para tal portava entre os olhos um gavião.
Essa águia vivia em eterna discórdia com a serpente-dragão Nidhogge. A rivalidade entre ambas era alimentada pelo esquilo Ratatosker, que, subindo e descendo incessantemente os galhos do teixo, nutria a desarmonia reinante entre ambas.
Nos galhos habitavam quatro cervos, que representavam os quatro ventos, e passavam o tempo a correr sobre os ramos da Yggdrasil, e devorar-lhes brotos, folhas e mesmo casca. Encontramos na Edda (duas coleções muito antigas de tradições que abrangem a mitologia escandinava) uma referência a um buraco oco no centro da árvore Yggdrasil, onde havia uma sala na qual habitavam tres virgens sábias, que passavam os dias a fiar em suas rocas o destino dos homens. Essas deidades eram as Nornes Urd, Verdandi e Skuld, responsáveis pelo passado, presente e futuro, respectivamente.
Ao pé da árvore habitava a cabra Heidum que se alimentava das verdejantes folhas baixas do teixo mágico, o que lhe permitia produzir um leite que assemelha-se ao hidromel, e que era destinado a servir de alimento aos guerreiros espirituais que formavam o Exercito de Odin.
Encontrava-se ainda fincado próximo a árvore o Irminsul, palavra que significa "Coluna Gigante", e diz respeito a troncos de árvores totêmicos erguidos em localidades elevadas, dedicados à veneração popular e altamente respeitados pelas tribos nórdicas.
Deve-se ressaltar que, ao perceberem-se tremores de terra, estes eram imediatamente vinculados, pelos antigos nórdicos, à imagem de que estando o gigante Ymir cansado de ficar estendido sobre o peso do enorme teixo, tentava libertar-se mais uma vez em vão.
Finalmente, devemos citar uma referência bibliográfica a uma antiga árvore muito alta, de folhagem sempre verdejante e espécie desconhecida, erguia que se próximo a um templo em Upsaíla (Suécia), junto à qual havia uma fonte onde populares costumavam devotar oferendas.
Sabemos também que era costume vigente entre as tribos nórdicas, até o século XIII, que seus chefes fizessem assembléias ao pé de uma árvore; o que pode estar diretamente relacionado a imagem mitológica de que os deuses se reuniam à sombra da Yggdrasil, para dispensar justiça aos humanos.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Sauron "O Astuto"



Nessa época os númenoreanos estavam insatisfeitos com sua nova terra e suas limitadas viagens pelos mares liberados pelos Valar e invejavam a imortalidade dos elfos em Aman, e como Sauron era astuto, e em pouco tempo tornou-se conselheiro do rei, conseguiu com isso que Númenor declarasse guerra contra os Valar, pois assim "teriam" suas imortalidades. A minoria tentou evitar (os Fiéis, depois chamados de Dúnedain), mas a maioria já estava envenenada por Sauron (e por sua própria vontade). Então o rei enviou uma poderosa frota para invadir Valinor e conquistar Aman (As Terras Imortais), pois lá ninguém morria. Os Valar, que haviam proibido os númenoreanos de ir ao lado oeste (Aman), só os permitindo ir a leste (Terra-Média), como pagamento por aquele ato, invocaram Ilúvatar, que afundou não só a frota, mas toda a ilha de Númenor, assim como modificou o formato da Terra-média. Uma fenda enorme foi aberta sob o mar, entre Númenor e Aman. Houve grande tormenta em Arda. Sauron, enquanto ria do povo númenoriano no topo de Meneltarma, afogou-se na queda de Númenor, e seu corpo morreu. Assim, ele voltou em espírito sinistro para Mordor, e lá ficou escondido.

Mas eis que nem todos os númenorianos morreram. Elendil, o Alto, e parte do povo, juntamente com seus filhos Isildur e Anárion, que eram chamados de "amigos-dos-elfos", ou Fiéis, escaparam e foram para a Terra-média. Lá fundaram o reino de Gondor e Arnor, e estabeleceram um curto reinado de paz, onde Sauron começou a atacar, pois descobriu que um dos novos reinos dos numenoreanos Fiéis (Gondor) ficava em suas fronteiras, achando aquilo uma ousadia grande. Construiu Barad-dûr e fez exércitos enormes de orcs. Houve várias guerras onde Sauron dizimou muitos elfos e homens.

Quando os elfos já não suportavam mais, uniram-se aos homens e a alguns anões formaram a Última Aliança, na qual todos os exércitos disponíveis marchariam contra Mordor e destruiriam por vez Sauron. Assim o fizeram, e estavam vencendo. Mas depois de sete anos sitiando a Torre de Sauron, o exército estava cansado e morrendo de fome naquela terra infértil. Então o próprio Sauron se apresentou e lutou contra Gil-galad e Elendil. Jogou Elendil, que caiu com tanto impacto sobre sua espada Narsil, que a quebrou; Gil-Galad então perfurou Sauron com sua Aeglos, mas Sauron caiu por cima de Gil-Galad e o matou. Assim Isildur pegou o toco da Narsil e arrancou o Anel Governante do dedo de Sauron. Ele enfraqueceu-se e fugiu para Dol Guldur, ao sul da Floresta das Trevas por três milênios, não mais atormenando. Como havia prometido há muito tempo, Isildur destrói então pedra por pedra Barad-dûr. Gondor então construiu torres de vigia em Mordor no caso de um remoto retorno de Sauron

Enquanto Sauron desaparecera, o Anel passou a Isildur, que se recusou a destruí-lo, alegando herança de seu reino. Deixou o reino de Gondor para os herdeiros de seu irmão Anárion, pois ele ficaria com Arnor ao norte. Mas quando retornava, foi emboscado por orcs. Pôs o Anel, ficando invisível, e quando tentava atravessar o Anduin, o Anel o traiu, saindo de seu dedo e fazendo-o ser visto. Foi então morto.

Muito tempo depois, um pescador ribeirinho chamado Déagol pescava com seu primo Sméagol, então caiu na água e encontrou o Anel. Sméagol cobiçou o Anel e matou Déagol enforcado. Então Bilbo, numa aventura com os anões, se perdeu, indo parar na caverna de Sméagol (Gollum). Assim encontra o Anel e o guarda. Após vários infortúnios, Bilbo conseguiu escapar da perseguição de Gollum, até que o Anel foi parar no Condado, chegando às mãos de Frodo. Alguns anos antes, a vigilância das torres plantadas em Mordor perdeu sua eficácia. Então Sauron retorna a Mordor, domina o Portão Negro e as torres, reconstrói Barad-dûr, recruta os Nazgûl, e a Montanha da Perdição torna e explodir em chamas. Sauron recomeça a atacar a Terra-Média, agora com o objetivo de simplesmente dominá-la.

Na Guerra do Anel, onde descreve-se este final da Terceira Era, Frodo, no Conselho de Elrond, em Valfenda (Rivendell), é designado a levar O Um até a Montanha da Perdição, em Mordor, para lá jogá-lo e acabar definitivamente com o poder de Sauron. Pois somente lá, onde o Anel foi feito, poderia ser destruído. Mas Gollum, quando luta com Frodo no túnel que leva ao centro de Orodruim (a Montanha da Perdição), sem querer cai na lava e o anel se desfaz. Assim, Sauron perdeu todo o seu poder e fugiu definitivamente para nunca mais voltar, dando início à Quarta Era, a Era dos homens.

Como podemos ver, o fim de Sauron foi diferente daquele que Melkor, seu mestre, recebeu, pois este foi acorrentado e nunca mais poderá ser livre (até o juízo final, quando diz-se que ele voltará e confrontará os outros Valar e destruirá a Arda). Já Sauron fora destruído ao final da Terceira Era, e não tinha poder para construir um novo corpo.

veja : (
maiar)

O Sucessor de Sauron

HERUMOR, do Sindarin "O Senhor do Escuro". Númenoriano Negro que se tornou poderoso entre os Haradrim. Na Quarta era doSol , foi o novo Senhor do Escuro.

Herumor é mencionado somente uma vez, na passagem citada abaixo, contida em The New Shadow (A Nova Sombra) , continuação interrompida de O Senhor dos Anéis:

"..because of the power of Gil-galad these renegades, lords both mighty and evil, for the most part took up their abodes in the southlands far away; yet two there were, Herumor and Fuinur, who rose to power amongst the Haradrim, a great and cruel people that dwelt in the wide lands south of Mordor beyond the mouths of Anduin."


Este conto se inicia nos dias de Eldarion, filho daquele Elessar de quem as histórias têm muito a dizer. Cento e cinco anos se passaram desde a queda da Torre Negra, e a história daquele tempo é pouco lembrada pela maioria do povo de Gondor; mas existiam uns poucos que continuavam vivendo e que se lembravam da Guerra do Anel como uma sombra sobre o começo de suas infâncias. Um desses era o velho Borlas de Pen-arduin. Ele era o filho mais novo de Beregond, o primeiro Capitão da Guarda do Príncipe Faramir, que se mudara com seu senhor da Cidade para Emyn Arnen.


"Realmente profundas são as raízes do Mal", disse Borlas, "e a força negra é forte nelas. Aquela árvore nunca será morta. Deixe os homens podá-las tão freqüentemente quanto possam, elas lançarão brotos tão logo eles virem as costas. Nem mesmo na Festa da Derrubada deverá o machado ser pendurado na parede!"

"Claramente você pensa estar falando palavras sábias", disse Saelon. "Suponho isso pela melancolia em sua voz, e pelo balançar de sua cabeça. Mas sobre o que é tudo isso? Sua vida parece bastante boa sempre, para um homem idoso que agora não vai muito longe. Onde você encontrou um galho de sua árvore negra crescendo? Em seu próprio jardim?"

Borlas levantou os olhos, e enquanto olhava penetrantemente para Saelon ele imaginou repentinamente se este jovem homem, geralmente alegre e freqüentemente meio zombeteiro, tinha mais em sua mente do que transparecia em sua face. Borlas não tinha intenção de abrir seu coração a ele, e tendo os pensamentos carregados falou em voz alta, mais para si mesmo do que para seu companheiro. Saelon não retornou seu olhar. Estava sussurrando suavemente, enquanto cortava um apito de salgueiro verde com um afiado canivete.
Os dois homens estavam sentados em uma árvore perto da escarpada margem leste do Anduin, onde este corria aos pés das colinas de Arnen. Eles de fato estavam no jardim de Borlas e sua pequena casa de pedras cinzentas podia ser vista entre as árvores acima deles na inclinação da colina, voltada para o oeste. Borlas olhou para o rio, e para as árvores com suas folhas de Junho, e então longe, para as torres da Cidade sob o brilho do final da tarde. "Não, não em meu jardim", ele disse, ponderadamente.

"Então porque você está tão preocupado?" perguntou Saelon. "Se um homem tem um belo jardim com muros fortes, então ele possui tanto quando qualquer homem pode administrar para seu próprio prazer". Ele fez um intervalo. "Enquanto mantiver a força da vida nele", ele acrescentou. "Quando esta falha, porque se preocupar com qualquer outro mal menor? Pois então ele deverá deixar seu jardim para sempre em breve, e outros deverão cuidar das ervas daninhas".

Borlas suspirou, mas não respondeu, e Saelon continuou: "Mas existem com certeza alguns que não se darão por contentes, e ao fim de suas vidas preocuparão seus corações sobre seus vizinhos, e a Cidade, e o Reino, e todo o amplo mundo. Você é um deles, Mestre Borlas, e sempre tem sido, desde que eu o conheci como um garoto que você pegou em seu pomar. Já naquele tempo você não estava contente em deixar as desgraças em paz: me deteria com uma surra ou fortaleceria seus muros. Não. Você ficou pesaroso e quis me melhorar. Você me recebeu em sua casa e falou comigo.

"Eu recordo disso bem. "Trabalho de Orcs", você disse muitas vezes. "Roubando boa fruta, bem, eu suponho que não seria pior do que trabalho de garotos, se eles estão famintos, ou seus pais são muito libertários. Mas destruir maçãs que não estão maduras para estragá-las ou jogá-las! Este é um trabalho de Orc. Como você veio a fazer tal coisa, rapaz?""

"Trabalho de Orcs! Eu estava irritado por isso, Mestre Borlas, e muito orgulhoso para responder, embora estivesse no meu coração para dizer em palavras de crianças: "se é errado para um garoto roubar uma maçã para comer, também é errado roubar uma para brincar. Mas não mais errado. Não fale para mim sobre trabalho de Orc, ou eu poderei lhe mostrar algum!""

"Foi um erro, Mestre Borlas. Pois eu tinha ouvido contos sobre os Orcs e seus atos, mas eu ainda não tinha me interessado por eles. Você voltou minha mente para eles. Eu me afastei dos pequenos roubos [meu pai não era muito libertário], mas eu não esqueci os Orcs. Comecei a sentir ódio e pensar na doçura da vingança. Nós brincávamos de Orcs, eu e meus amigos, e algumas vezes eu pensei: "Deveria eu com meu bando ir e derrubar suas árvores? Então ele iria pensar que os Orcs realmente retornaram". Mas isso foi há muito tempo atrás", terminou Saelon, com um sorriso.

Borlas estava assustado. Ele agora estava recebendo confidências e não fazendo. E existia algo de inquietante no tom do jovem, algo que o fez perguntar-se se no fundo do coração, tão profundo quanto as raízes das árvores negras, o ressentimento infantil não perdurava. Sim, mesmo no coração de Saelon, o amigo de seu próprio filho, e o jovem que nos últimos poucos anos tinha mostrado a ele muita bondade em sua solidão. De qualquer modo ele decidiu não lhe dizer mais nada de seus próprios pensamentos.

"Ah!" ele disse, "todos nós cometemos erros. Eu não reivindico sabedoria, meu jovem, exceto talvez aquela pequena que alguém pode acumular com o passar dos anos. Sei muito bem a triste verdade de que aqueles que tem boas intenções podem causar mais mal do que aquelas pessoas que deixam as coisas acontecerem. Sinto muito agora pelo que eu disse, se provocou ódio em seu coração. Embora eu continue achando o mesmo: fora de hora talvez, mas ainda verdade. Certamente mesmo um garoto precisa compreender que fruta é fruta, e não alcança seu pleno existir até estar madura; então fazer mau uso dela antes de madura é pior do que apenas roubá-la do homem que a está cuidando: pois rouba o mundo, impedindo uma boa coisa de se concretizar. Aqueles que assim o fazem estão unindo forças com tudo que está fora de ordem, com as geadas e feridas e os ventos ruins. E este é o estilo dos Orcs."

"E é o estilo dos homens também," disse Saelon. "Não! Eu não quero dizer dos homens selvagens apenas, ou aqueles que cresceram "sob a sombra", como dizem. Quero dizer todos os Homens. Eu não faria mau uso de frutas verdes agora, mas apenas porque eu não tenho mais nenhum uso para maçãs verdes, nem para suas orgulhosas razões, Mestre Borlas. E realmente eu acho que suas razões são tão enfermas quanto uma maçã que ficou muito tempo na loja. Para as árvores todos os Homens são Orcs. Os Homens consideram a concretização da história da vida de uma árvore antes de cortá-la? Pois não importa o propósito: para ter espaço para lavoura, para usar sua madeira em construções ou como combustível, ou meramente para abrir a vista? Se as árvores fossem os juízes, poderiam colocar os Homens acima dos Orcs, ou realmente acima das geadas e feridas? O que é mais correto, elas poderiam perguntar, ter Homens se alimentando de sua seiva ou as geadas?

"Um homem," disse Borlas, "que cuida de uma árvore e a guarda das geadas e muitos outros inimigos não atua como um Orc ou uma ferida. Se ele come sua fruta, ele não comete um dano. Ela produz frutas mais abundantemente que suas necessidades para seu próprio propósito: a continuação de sua própria espécie."

"Deixe-o comer a fruta então, ou brincar com ela," disse Saelon. "Mas eu falei de matar, cortando ou queimando; e por qual direito os homens fazem estas coisas às árvores."

"Não, você não falou. Você falou do julgamento das árvores nesses assuntos. Mas árvores não são juízes. Os filhos do Único são os mestres. Meu julgamento como um deles você já conhece. Os males do mundo não estavam a princípio no grande Tema, mas entraram com as desarmonias de Melkor. Os Homens não surgiram com estas desarmonias; eles entraram depois como uma coisa nova, diretamente de Eru, o Único, e então ele foram chamados Seus filhos, e como tudo que estava no Tema eles possuem, para seu próprio bem, o direito de usar todas as coisas corretamente, sem orgulho ou malícia, mas com reverência.

"Se o menor dos filhos de um lenhador sente o frio do inverno, a mais orgulhosa árvore não ficará ofendida se for ordenada a ceder sua madeira para aquecer com fogo uma criança. Mas a criança não pode estragar a árvore com brincadeiras ou malvadezas, cortar sua casca ou quebrar seus galhos. E o bom lavrador usará primeiro, se ele puder, madeira morta ou uma árvore velha; ele não derrubará uma árvore jovem e a deixará apodrecer, sem outra razão a não ser em seu prazer em lidar com o machado. Isto é Órquico!"

"Mas é sempre como eu disse: as raízes do Mal são profundas, e de longe vem o veneno que trabalha em nós; por isso, tantos fazem estas coisas de vez em quando, e tornam-se então realmente como os servos de Melkor. Mas os Orcs fazem estas coisas todo o tempo; ferem com prazer todas as coisas que podem sofrer, e são refreados apenas pela falta de poder, não por prudência ou piedade. Mas já falamos o suficiente sobre isto."

"Por quê!" disse Saelon. "Nós apenas começamos. Não era sobre seu pomar, nem suas maçãs, nem sobre mim que você estava pensando quando falou do reaparecimento da árvore negra. Sobre o que você estava pensando, Mestre Borlas, eu posso adivinhar, apesar de tudo. Eu tenho olhos e ouvidos, e outros sentidos, Mestre." Sua voz diminuiu e dificilmente podia ser ouvida sobre o murmúrio de um repentino vento frio nas folhas, enquanto o sol se punha além de Mindolluin. "Você então ouviu o nome?" Com pouco mais que um sopro ele formou as palavras. "De Herumor?"

Borlas olhou para ele com surpresa e medo. Sua boca fez alguns movimentos trêmulos de fala, mas nenhum som veio dela.

"Vejo que ouviu," disse Saelon. "E você parece supreso ao perceber que eu ouvi sobre ele também. Mas você não está mais surpreso do que eu ao ver que este nome chegou até você. Pois, como eu digo, eu tenho olhos e ouvidos aguçados, mas os seus estão agora turvos mesmo para o uso diário, e o assunto tem sido mantido tão secreto quanto os perspicazes conseguem."

"Quais perspicazes?" disse Borlas, repentina e impetuosamente. A visão de seus olhos poderia ser turva, mas eles agora queimavam com fúria.

"Por quê, aqueles que ouviram o chamado do nome, claro," respondeu Borlas sem se perturbar. "Eles não são muitos ainda, para or contra todo o povo de Gondor, mas o número está aumentando. nem todos estão contentes desde que o Grande Rei morreu, e alguns agora estão com medo."

"Então, como eu supus," disse Borlas, "e este é o pensamento que esfria o calor do verão em meu coração. Pois um homem pode ter um jardim com muros fortes, Saelon, e mesmo assim não encontrar paz ou satisfação ali. Existem alguns inimigos que tais muros não manterão afastados; pois seu jardim é apenas parte de um reino protegido, apesar de tudo. É para os muros do reino que devemos olhar para sua defesa verdadeira. Mas qual é o chamado? O que ele poderiam fazer?" ele clamou, colocando sua mão no joelho do jovem.

"Irei fazer uma pergunta antes de responder a sua," disse Saelon; e agora ele olhava de forma penetrante para o velho homem. "Como você, que senta-se aqui no Emyn Arnen e raramente sai mesmo para a Cidade - como você ouviu os sussuros do nome dele?"

Borlas olhou para o chão e prendeu duas mãos entre os joelhos. Por algum tempo ele não respondeu. Finalmente ele olhou para cima novamente; sua face tinha se enrijecido e seus olhos estavam mais desconfiados. "Eu não responderei esta pergunta, Saelon," ele disse. "não antes de eu ter feito a você outra pergunta. Primeiro me diga," disse ele lentamente, "você é uma daqueles que atenderam ao chamado?"
Um estranho sorriso tremeluziu pela boca do jovem. "Ataque é a melhor defesa," ele responder, "ou pelo menos assim nos ensinou o Capitão; mas quando ambos os lados utilizam este conselho existe um confronto de batalha. Portanto irei contra você. Não responderei a você, Mestre Borlas, até que você me diga: você é uma daqueles que atendeu ao chamado, ou não?"

"Como pode pensar isso?" gritou Borlas.

"E como você pode pensar isso?" perguntou Saelon.

"Quanto a mim," disse Borlas, "todas as minhas palavras não te deram a resposta?"

"Mas quando a mim, você poderia dizer," disse Saelon, "minha palavras me fazem duvidável? Porque eu defendi um pequeno menino que jogou maçãs verdes em seus companheiros de jogo em nome de Orcs? Ou porque eu falei do sofrimento das árvores nas mãos dos homens? Mestre Borlas, não é sábio julgar o coração de um homem pelas palavras ditas em argumento sem respeito pelas suas opiniões. Ela podem ter sido ditas para perturbá-lo. Arrogante talvez, mas possivilmente melhor do que mera imitação. Eu não duvido que muitos daqueles que falam usam palavras tão solenes quanto as suas, e falam reverentemente do Grande Tema e tais coisas - na sua presença. Então, quem deverá responder antes?"

"O mais jovem deverá fazê-lo em cortesia ao idoso," disse Borlas; "ou entre homens considerados iguais, aquele a quem foi perguntado primeiro. Você é ambos."

Saelon sorriu. "Muito bem," ele disse. "Deixe-me ver: a primeira questão que você fez e ficou sem resposta foi: o que é o chamado, o que eles podem fazer? Você não pode encontrar nenhuma resposta no passado com toda sua idade e conhecimento? Eu sou jovem e menos instruído. Contudo, se você realmente deseja saber, eu talvez possa fazer os sussuros mais claros a você."

Ele se levantou. O sol tinha se posto por trás das montanhas; as sombras estavam se aprofundando. O muro oeste da casa de Borlas no lado da colina estava amarelado no vermelhidão do pôr-do-sol, mas o rio estava escuro. Ele olhou para o céu, e então para o Anduin. "É uma bela e tranquila tarde," ele disse, "mas o vento está mudando para o leste. Existirão nuvens cobrindo a lua esta noite."

"Então, porque tudo isso?" disse Borlas, tremendo um pouco enquanto o ar esfriava. "A menos que você apenas queira dizer a um velho homem para se apressar para dentro de casa e poupar seus ossos da dor." Ele levantou-se e viou-se para o caminho da casa, pensando que o jovem não tinha intenção de dizer mais nada; mas Saelon parou junto a ele e pousou uma mão em seu braço.

"Eu te previno para se vestir bem após o anoitecer," ele disse. "Isto é, se você deseja aprender mais; pois se deseja, virá comigo em uma jornada esta noite. Eu irei encontrá-lo no portão leste, atrás da sua casa; ou pelo menos deverei passar por aquele caminho tão logo esteja completamente escuro, e você poderá vir comigo ou não, como quiser. Eu estarei vestido de preto, e qualquer um que vá comigo deve estar vestido da mesma maneira. Adeus por agora, Mestre Borlas! Aconselhe-se consigo mesmo enquanto a luz perdura."

Por algum tempo depois de Saelon ter ido embora, Borlas permaneceu parado, com os olhos fechados e descansando sua testa contra a casaca de uma árvore ao lado do caminho. Enquanto permanecia parado procurava em sua mente como esta estranha e alarmante conversa tinha começado. O que ele faria após o cair da noite ele inda não considerara.

Ele não estiva de bom humor desde a primavera, embora suficientemente bem de corpo para sua idade, que o sobrecarregava menos que sua solidão. Desde que seu filho, Berelach, tinha se ido novamente em abril - ele estava nos Navios, e agora vivia a maior parte do tempo perto de pelargir, onde seu trabalho estava - Saelon tinha sido mais atencioso, a qualquer hora que estivesse em casa. Ele viaja muito pelo reino atualmente. Borlas não estava certo de seus negócios, embora ele compreendesse que, entre outros interesses, ele negociava com madeira. Ele trouxera notícias de todo o reino para seu velho amigo. Ou para o velho pai de seu amigo; pois Berelach tinha sido sua constante companhia a certo tempo, embora aparentemente se encontravam raras vezes hoje em dia.

"Sim, é isso," Borlas disse para si mesmo. "Eu falei para Saelon de Pelargir, citando Berelach. Ocorreram algumas pequenas inquietações no Ethir: alguns marinheiros desapareceram, e também uma pequena embarcação da Esquadra. Nada demais, de acordo com Berelach.
"A paz torna as coisas frouxas," ele disse, eu me lembro, na voz de um sub-oficial. "Bem, eles se foram em alguma brincadeira de si próprios, eu suponho - amigos em um dos portos mais ocidentais, talvez - sem permissão e sem um piloto, e afundaram. Serviu muito bem para eles. Nós temos tão poucos marinheiros de verdade nestes dias. Peixe é mais rentável. Mas pelo menos todos sabem que as costas ocidentais não são seguras para os amadores."

"E foi tudo. mas eu falei disso para Saelon, e perguntei se ele tinha ouvido alguma coisa disso no sul. "Sim," ele disse, "Eu ouvi. Poucos ficaram satisfeitos com a visão oficial. Os homens não eram amadores; eram filhos de pescadores. E não tem havido tempestades fora do litoral há muito tempo.""

Enquanto ouvia Saelon dizendo isto, repentinamente Borlas lembrou os outros rumores, os rumores de que Othrondir falara. Era ele que costumava usar a palavra "ferida". E então, meio que para si mesmo, Borlas falou em voz alta sobre a �?rvore Negra.

Ele abriu seus olhos e acariciou o formoso tronco da árvore onde tinha se apoiado, olhando para cima para suas folhas sombrias contra o claro céu pálido. Uma estrela brilhou por entre os galhos. Suavemente ele falou novamente, como se para a árvore.

"Então, o que será feito agora? Claramente Saelon está envolvido. Mas isto é claro? Existia o som de zombaria em suas palavras, e escórnia da vida ordenada dos Homens. Ele não responderia uma questão direta. As roupas negras! E ainda - porque me convidar para ir com ele? Não para converter o velho Borlas! Imprestável. Inútil tentar: ninguém poderia esperar vencer um homem que se lembrava do Mal de antigamente, não importa quão distante. Inútil se tiver sucesso: o velho Borlas não possui mais uso como ferramenta para nenhuma mão. Saelon pode estar tentando bancar o espião, procurando encontrar o que se esconde por detrás dos murmúrios. Preto pode ser um disfarce, ou um auxílio para se esconder à noite. Mas novamente, o que poderei fazer para ajudar em qualquer segredo ou missão perigosa? Eu estaria melhor fora do caminho."

Com isso um pensamento gélido tocou o coração de Borlas. Colocar fora do caminho - seria isso? Ele seria atraído para algum lugar onde ele poderia desaparecer, como os marinheiros? O convite para ir com Saelon foi dado apenas depois de ter se assustado em revelar que sabia sobre os murmúrios - tendo até mesmo ouvido o nome. E ele havia declarado sua hostilidade.

Este pensamento decidiu Borlas, e ele sabia que ele estava decidido agora a fica de pe, vestido de preto, no portão, à primeira escuridão da noite. Ele fora desafiado, e aceitaria. Ele bateu a palma de sua mão contra a árvore. "Eu não estou caduco ainda, Neldor," ele disse; "mas a morte não está tão longe que eu vá perder muitos bons anos, se eu perder o jogo".

Ele aprumou suas costas e ergue a cabeça, e caminhou pelo caminho, lenta mas firmemente. O pensamento cruzou sua mente antes de pisar na soleira da porta: "talvez eu tenha sido preservado por tanto tempo para este propósito: aquele que deve continuar vivo, saudável em mente, que lembra o que se pasosu antes da Grande Paz. O olfato possui uma longa memória. Eu acho que eu poderia sentir o cheiro do antigo Mal, e conhecê-lo pelo que ele é."

A porta sob a varanda estava aberta; mas a casa atrás estava na escuridão. Aparentemente não havia nenhum dos sons costumeiros do anoitecer, apenas um silêncio frágil, um silêncio morto. Ele entrou, um pouco surpreso. Ele chamou, mas não houve resposta. Ele parou na estreita passagem que passava através da casa, e parecia que ela estava envolvida em escuridão: nenhum vislumbre do crepúsculo do mundo lá fora permanecia aqui. Repentinamente ele sentiu, ou assim pareceu, pois vinha como se fosse de além dos sentidos: ele sentiu o cheiro do antigo Mal e o conheceu pelo que ele era.

[tradução de Fábio Bettega] obrigado fábio!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Músicas Inspiradas nas Obras de Tolkien




*The Tolkien Ensemble

At Dawn In Rivendell .rar download

*Braveheart

Braveheart .zip download

*Nightwish
Nightwish-Oceanborn .rar download

*Burzum
Burzum .rar download

*Cirith Ungol
Cirith Ungol - Paradise Lost .rar download

*Avatar
Avatar - Memoriam Draconis .rar download

*Cirith Gorgor
Cirith Gorgor - Unveiling the Essence .rar download

*Gorgoroth
Gorgoroth - Pentagram 1994 .zip download

*Rush
Rush-Fly By Night .rar download

*Isengard
Vinterskugge .rar download

Hostmorke . download

*Led Zeppelin

Led Zeppelin - Led Zeppelin II-1969.rar download
Led Zeppelin - 1971 Led Zeppelin IV .rar download

*Camel
Mirage .zip download


*Oakenshield

Official Web Site: http://www.oakenshield.org/


Gylfaginning download (eu recomendo)

*Arathorn

Treue & Verrat download

*Nazgul

De Expugnatione Elfmuth .rar download







Cruachan



Cruachan - 2006 - The Morrigan s Call .rar download


Cruachan - Folk-Lore 2002.rar download



Cruachan - 2004 - Pagan .zip download


Cruachan - 2001 - Ride On .rar download


Cruachan - 2000 - The Middle Kingdom .rar download


Cruachan - 1996 - Tuatha Na Gael.rar download

Running Wild


Running Wild - Branded Exiled 1985 .zip download


Running Wild- Port Royal .zip download


Running Wild-Gates To Purgatory 1984 .zip download
Running Wild-Under Jolly Roger 1987 .zip download

Rivendell - farewell the last dawn


Rivendell - Farewell The Last Dawn 2005 .rar download
Rivendell - The Ancient Glory .rar download

Summoning - Minas Morgul



Summoning 1995 Minas Morgul.rar download
Summoning - Dol Guldur .rar download
Summoning-Lost Tales .rar download

Blind Guardian - Nightfall In Midle-Earth

1998 - Nightfall In Midle-Earth .rar download


Blind Guardian - Follow The Blind .zip download


Blind Guardian - Tales From The Twilight World .zip download


Blind Guardian - Battalions Of Fear .zip download

Blind Guardian - Somewhere Far Beyond .zip download

Blind Guardian - Imaginations From the Other Side .zip download